Sete santos fundadores da Ordem dos Servitas

Quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011


Interessante percebermos o contexto do surgimento desta ordem. No século XII e XIII, predominava uma burguesia anticristã na vivência, porque dizer que é cristão, que é católico, não é difícil, mas vivenciar e testemunhar o amor a Cristo, à Igreja e aos pobres, só com muito esforço e muita graça do Senhor.

Providencialmente, Deus, em sua misericórdia, foi suscitando vários santos como verdadeiros caminhos da fé e da felicidade, como os sete santos de hoje que fundaram a Ordem dos Servos de Maria. Eles pertenciam ao grupo de burgueses, até que foram se aproximando de um grupo de oração que se reunia com uma imagem de Nossa Senhora e ali oravam. Aqueles jovens foram se aproximando e a graça de Deus foi conquistando o coração deles.

Foram sete a dar um passo de radicalidade. Abandonaram o luxo, os cavalos, as festas, e foram viver uma vida monástica como sinal de santidade naquela sociedade em decadência. Com exceção de Alessio, que ficou como irmão religioso, os demais tornaram-se sacerdotes. Mas todos eles, como um só sinal de que ser servo de Cristo e da Virgem Maria, é preciso ter muito amor.

Oração, penitência e renúncia são percebidos na vida dos santos. Essas coisas são comuns, porque brotam da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo e estão presentes no Evangelho que a Igreja de Cristo prega.

Sete santos fundadores da Ordem dos Servitas, rogai por nós!

[CANÇÃO NOVA]

Quinta-feira da 6ª semana do Tempo Comum


Livro de Génesis 9,1-13.

Deus abençoou Noé e os seus filhos, e disse-lhes: «Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra.

Sereis temidos e respeitados por todos os animais da terra, por todas as aves do céu, por tudo quanto rasteja sobre a terra e por todos os peixes do mar; ponho-os à vossa disposição.

Tudo o que se move e tem vida servir-vos-á de alimento; dou-vos tudo isso como já vos tinha dado as plantas verdes.

Porém, não comereis a carne com a sua vida, o sangue.

Ficai também a saber que pedirei contas do vosso sangue a todos os animais, por causa das vossas vidas; e ao homem, igualmente, pedirei contas da vida do homem, seu irmão.

A quem derramar o sangue do homem, pela mão do homem será derramado o seu, porque Deus fez o homem à sua imagem.

Quanto a vós, sede fecundos e multiplicai-vos; espalhai-vos pela Terra e multiplicai-vos sobre ela.»

A seguir, Deus disse a Noé e a seus filhos: «Vou estabelecer a minha aliança convosco, com a vossa descendência futura e com os demais seres vivos que vos rodeiam: as aves, os animais domésticos, todos os animais selvagens que estão convosco, todos aqueles que saíram da arca.

Estabeleço convosco esta aliança: não mais criatura alguma será exterminada pelas águas do dilúvio e não haverá jamais outro dilúvio para destruir a Terra.»

E Deus acrescentou: «Este é o sinal da aliança que faço convosco, com todos os seres vivos que vos rodeiam e com as demais gerações futuras: coloquei o meu arco nas nuvens, para que seja o sinal da aliança entre mim e a Terra.


Livro de Salmos 102(101),16-18.19-21.29.22-23.

Os povos honrarão, SENHOR, o teu nome, e todos os reis da terra, a tua majestade.

Quando o SENHOR reconstruir Sião e manifestar a sua glória, há-de voltar-se para a oração do indigente e não desprezará as suas súplicas.

Escrevam-se estas coisas para as gerações futuras, e os que hão-de nascer louvarão o SENHOR.

SENHOR observa do alto do seu santuário; lá do céu, Ele olha para a terra, para escutar os gemidos dos cativos e livrar os condenados à morte.

Os filhos dos teus servos hão-de viver tranquilos e a sua descendência perdurará na tua presença.

Em Sião será anunciado o nome do SENHOR, e em Jerusalém, a sua glória, quando os povos de todas as nações se reunirem para servirem o SENHOR.


Evangelho segundo S. Marcos 8,27-33.

Jesus partiu com os discípulos para as aldeias de Cesareia de Filipe. No caminho, fez aos discípulos esta pergunta: «Quem dizem os homens que Eu sou?»

Disseram-lhe: «João Batista; outros, Elias; e outros, que és um dos profetas.»

«E vós, quem dizeis que Eu sou?» perguntou-lhes. Pedro tomou a palavra, e disse: «Tu és o Messias.»

Ordenou-lhes, então, que não dissessem isto a ninguém.

Começou, depois, a ensinar-lhes que o Filho do Homem tinha de sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, e ser morto e ressuscitar depois de três dias.

E dizia claramente estas coisas. Pedro, desviando-se com Ele um pouco, começou a repreendê-lo.

Mas Jesus, voltando-se e olhando para os discípulos, repreendeu Pedro, dizendo-lhe: «Vai-te da minha frente, Satanás, porque os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens.»


Comentário ao Evangelho

Por : São João Crisóstomo

«Os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens.»

Pedro considera os sofrimentos e a morte de Cristo de um ponto de vista puramente natural e humano, e esta morte parece-lhe indigna de Deus, vergonhosa para a Sua glória. Cristo repreende-o e parece dizer-lhe: «Não, o sofrimento e a morte não são indignos de Mim. As ideias mundanas baralham e confundem a tua capacidade de ajuizar. Afasta essas ideias humanas; ouve as Minhas palavras do ponto de vista dos desígnios do meu Pai, e compreenderás que esta morte é a única que convém à Minha glória. Julgas que é uma vergonha para Mim sofrer? Pois quero que saibas que é vontade do diabo que Eu não cumpra assim o plano da salvação.» [...]

Que ninguém core devido aos sinais da nossa salvação, que são tão dignos de veneração e de adoração; a cruz de Cristo é a fonte de todo o bem. E através dela que nós vivemos, que somos regenerados e salvos. Carreguemos a cruz como uma coroa de glória. Ela põe a sua marca em tudo o que nos conduz à salvação: quando somos regenerados pelas águas do batismo, a cruz lá está; quando nos aproximamos do altar para receber o Corpo e o Sangue do Salvador, lá está; quando impomos as mãos sobre os eleitos do Senhor, lá está. O que quer que façamos, ela aparece, como sinal de vitória para nós. Eis a razão porque a pomos nas nossas casas, nas nossas paredes, nas nossas portas; porque fazemos esse sinal na testa e no peito; porque a trazemos no coração. Pois ela é o símbolo da nossa redenção e da nossa libertação, e da misericórdia infinita de Nosso Senhor. [EVANGELHO QUOTIDIANO]