São Clemente Maria Hofbauer
Terça-feira, 15 de março de 2011.
Dentro de uma família muitos simples, nasceu na Áustria, no ano de 1751.
Perdeu muito cedo seu pai, e foi educado por sua piedosa mãe que dizia a ele: “Procurai andar sempre nos caminhos agradáveis a Deus”.
Vocacionado ao sacerdócio, com muito esforço estudou Filosofia e Teologia. Após ordenado padre redentorista, foi para a Alemanha.
Ali, seu objetivo religioso não era somente servir sua congregação, mas a toda a Igreja local, a ponto de ajudar sua diocese a se redescobrir como pólo evangelizador.
São Clemente contribuiu para o aparecimento de muitos conventos e asilos, sinais materiais da força do Evangelho. Consumido na missão, aos 70 anos, partiu para sua recompensa: a glória de Deus.
São Clemente Maria Hofbauer, rogai por nós!
Primeira leitura (Isaías 55,10-11)
Isto diz o Senhor: 10Assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação, 11assim a palavra que sair de minha boca, não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo (Salmos 33)
— O Senhor liberta os justos de todas as angústias.
Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.
Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda a angústia.
O Senhor pousa seus olhos sobre os justos, e seu ouvido está atento ao seu chamado; mas ele volta a sua face contra os maus, para da terra apagar sua lembrança.
Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta. Do coração atribulado ele está perto e conforta os de espírito abatido.
Evangelho (Mateus 6,7-15)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. 8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. 11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 13E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário ao Evangelho
Rezar com simplicidade
Os discípulos de Jesus foram orientados a não rezar como os gentios que pensavam poder convencer Deus e atrair seus favores, à custa de muito falar. Existia, também, os que se dirigiam a Deus em altos brados, como forma de se fazerem ouvir. Apesar de o Mestre ter atribuído esta forma de rezar aos pagãos, o que ele estava condenando, agora, era a forma acintosa de rezar, praticada por certos fariseus. Quem se vangloriava da própria prática religiosa, estava longe de rezar de maneira conveniente. Faltava-lhes rezar com simplicidade.
A oração que Jesus colocou nos lábios dos discípulos pode ser definida como a oração dos simples. Por um lado, ela é calcada na absoluta confiança no Pai, de quem se espera tudo, por saber ser ele a fonte de todos os bens. Por outro lado, suas palavras correspondem ao que é essencial na relação do ser humano com Deus, com o próximo e com os bens da criação, de modo especial, o pão cotidiano. Seria um erro fatal confundir a oração ensinada por Jesus como escola de conformismo e alienação. O que o discípulo orante fala ao Pai é o que busca colocar em prática no seu dia-a-dia. Ele deve ser o primeiro a santificar o nome de Deus, a empenhar-se para que seu Reino aconteça, a fazer a vontade divina. Será sempre o primeiro a partilhar, a perdoar e a esforçar-se para não ser levado pelo espírito do mal.