São Francisco de Paula
Sábado, 02 de abril de 2011.
Nasceu na cidade de Paula, na Calábria, em 1416. Recebeu este nome devido a devoção de seus pais a São Francisco de Assis. Em sinal de gratidão a uma cura recebida por intercessão do santo, viveu um tempo num convento franciscano.
Amor a Deus e ao próximo marcaram sua história, e seu lema pessoal era a caridade.
Depois de sair do convento, foi em peregrinação com seus pais para Roma, e ali descobriu seu chamado à vida eremítica. Ficou na Itália, em uma região distante, dedicando-se à vida de oração e penitência. Um homem da caridade, em comunhão com as dores da humanidade e da Igreja.
Muitos descobriram sua santidade e iam até ele pedir conselhos. Alguns desses descobriam sua vocação e permaneciam. Com isso, Francisco de Paula fundou uma ordem eremítica (Ordem dos Mínimos), que tinha como lema a caridade.
São Francisco de Paula, rogai por nós!
3ª Semana da Quaresma
Primeira leitura (Oséias 6,1-6)
Leitura da Profecia de Oséias.
“Vinde, voltemos para o Senhor, ele nos feriu e há de tratar-nos, ele nos machucou e há de curar-nos. Em dois dias, nos dará vida, e, ao terceiro dia, há de restaurar-nos, e viveremos em sua presença. É preciso saber segui-lo para reconhecer o Senhor. Certa como a aurora é a sua vinda, ele virá até nós como as primeiras chuvas, como as chuvas tardias que regam o solo”.
Como vou tratar-te, Efraim? Como vou tratar-te, Judá? O vosso amor é como nuvem pela manhã, como orvalho que cedo se desfaz. Eu os desbastei por meio dos profetas, arrasei-os com as palavras de minha boca, mas, como luz, expandem-se meus juízos; quero amor, e não sacrifícios, conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo (Salmos 50)
— Eu quis misericórdia e não o sacrifício!
Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!
Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, e, se oferto um holocausto, o rejeitais. Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido!
Sede benigno com Sião, por vossa graça, reconstruí Jerusalém e os seus muros! E aceitarás o verdadeiro sacrifício, os holocaustos e oblações em vosso altar!
Evangelho (Lucas 18,9-14)
Naquele tempo, Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: “Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda’.
O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’ Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo André de Creta (660-740)
«Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador»
Meu Deus, na Tua compaixão derrama sobre mim o olhar do Teu amor E recebe a minha ardente confissão.
Pequei mais do que todos os homens, pequei só contra Ti, Senhor; faz-me participar da Tua misericórdia, meu Salvador, porque me criaste. [...] Meu Redentor, manchei a Tua imagem e semelhança (Gn 1, 26), [...] desfiz em farrapos o vestuário de perfeição que o próprio Criador fabricou para mim e estou nu; em seu lugar quis usar uma farpela rasgada, obra da serpente que me seduziu (Gn 3, 1-5). [...] Fiquei fascinado com a beleza da árvore que traiu a minha inteligência: agora estou nu e coberto de vergonha. [...]
O pecado me revestiu de túnicas de pele (Gn 3, 21), agora que fui despojado das vestes tecidas pelo próprio Deus. [...] E, como a prostituta, grito: pequei contra Ti, só contra Ti. Ó Salvador, acolhe as minhas lágrimas, como aceitaste o perfume da pecadora (Lc 7, 36 ss.)
E, como o publicano, grito: tem piedade de mim, ó Salvador. Perdoa-me, porque de toda a descendência de Adão ninguém pecou como eu. [...] Prostrado como David (2 Sm 12), estou coberto de lama; Mas assim como ele se lavou nas próprias lágrimas, lava-me Tu também, Senhor!
Ouve os gemidos da minha alma e os suspiros do meu coração; acolhe as minhas lágrimas e salva-me, meu Redentor.
Porque Tu amas os homens e queres que todos se salvem. Faz-me voltar à Tua bondade e nela me recebe, porque estou arrependido.