São Simplício


Quarta-feira, 02 de março de 2011.

Papa da Igreja, pertencente ao Clero de Roma, o santo viveu mergulhado num contexto de grande instabilidade, seja por parte das heresias que rondavam a Igreja, como também por parte externa, da sociedade e do Império que estava para ruir.

Foi escolhido para sucessor de São Pedro no ano de 468. Um homem de testemunho e oração, sensível aos ataques internos que a Igreja sofria por parte do Nestorianismo - que buscava espalhar a mensagem entre os cristãos de que Cristo não teria nenhum ligação com Deus, negando o mistério da Encarnação - e também o Monofisismo, onde pregravam como verdade que a natureza divina suprimiu a natureza humana de Cristo.

Simplício se deparava com essa realidade, mas com autoridade, cheio do Espírito Santo e em comunhão com o Clero, se tornou cada vez mais canal da luz, que é Cristo, para essas situações.

São Simplício demontrou com a vida que vale a pena caminharmos com o coração fixo na recompensa que o Senhor quer nos dar na Glória.

Faleceu em 483, e hoje intercede por nós.

São Simplício, rogai por nós!

Por: Canção Nova

Quarta-feira da 8ª semana do Tempo Comum


Livro de Eclesiástico 36,5-6.10-17.

Renova os teus prodígios, faz novos milagres, glorifica a tua mão e o teu braço direito, acende o teu furor e derrama a tua ira; destrói o adversário e aniquila o inimigo.

Reúne todas as tribos de Jacob, toma-as como tua herança, como no princípio. Tem piedade, Senhor, do teu povo, que foi chamado pelo teu nome, e de Israel, que trataste como filho primogénito.

Tem piedade da cidade do teu santuário, de Jerusalém, lugar do teu repouso. Enche Sião do louvor das tuas maravilhas, e o teu povo com a tua glória.

Dá testemunho a favor daqueles que, desde o princípio, são tuas criaturas, leva a efeito as profecias, em teu nome proferidas.

Recompensa os que pacientemente esperam em ti, a fim de que os teus profetas sejam acreditados.

Ouve, Senhor, a súplica dos teus servos, segundo a bênção de Aarão sobre o teu povo, e todos sobre a terra reconhecerão que Tu és Senhor, o Deus dos séculos.


Livro de Salmos 79,8.9.11.13.

Não recordes contra nós as faltas dos nossos antepassados; venha depressa ao nosso encontro a tua misericódia.

Socorre-nos, ó Deus, nosso salvador, para glória do teu nome; livra-nos e perdoa-nos pelo amor do teu nome.

Chegue junto de ti o gemido dos cativos e, pela grande força do teu braço, salva da morte os que estão condenados.

Nós, que somos o teu povo e ovelhas do teu rebanho, glorificar-te-emos para sempre; de geração em geração.


Evangelho segundo S. Marcos 10,32-45.

Iam a caminho, subindo para Jerusalém, e Jesus seguia à frente deles. Estavam espantados, e os que seguiam estavam cheios de medo. Tomando de novo os Doze consigo, começou a dizer-lhes o que lhe ia acontecer:

"Eis que subimos a Jerusalém e o Filho do Homem vai ser entregue aos sumos sacerdotes e aos doutores da Lei, e eles vão condená-lo à morte e entregá-lo aos gentios. E hão-de escarnecê-lo, cuspir sobre Ele, açoitá-lo e matá-lo. Mas, três dias depois, ressuscitará."

Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se dele e disseram: "Mestre, queremos que nos faças o que te pedimos."

Disse-lhes: "Que quereis que vos faça?"

Eles disseram: "Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda."

Jesus respondeu: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu bebo e receber o baptismo com que Eu sou baptizado?"

Eles disseram: "Podemos, sim." Jesus disse-lhes: "Bebereis o cálice que Eu bebo e sereis batizados com o batismo com que Eu sou batizado; mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não pertence a mim concedê-lo: é daqueles para quem está reservado."

Os outros dez, tendo ouvido isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João.

Jesus chamou-os e disse-lhes: "Sabeis como aqueles que são considerados governantes das nações fazem sentir a sua autoridade sobre elas, e como os grandes exercem o seu poder. Não deve ser assim entre vós. Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo e quem quiser ser o primeiro entre vós, faça-se o servo de todos. Pois também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos."


Comentário ao Evangelho do dia

Santo Efrém

"O Filho do Homem veio [...] para dar a Sua vida"

"Se for possível, afasta de Mim este cálice" (Mt 26, 39). Porque dizes como Simão Pedro: "Deus Te livre de tal, Senhor!" (Mt 16,22), Tu que agora dizes: "Se for possível, afasta de Mim este cálice"?

Ele sabia bem aquilo que dizia ao Pai, que era possível o Pai afastar o cálice, mas viera bebê-lo por todos, a fim de pagar com esse cálice a dívida que a morte dos profetas e dos mártires não pudera pagar. [...] Aquele que havia descrito a Sua condenação à morte nos profetas e que havia prefigurado o mistério da Sua morte pelos justos, quando chegou a altura de consumar essa morte, não Se recusou a bebê-lo. Se não tivesse querido bebê-lo, mas antes afastá-lo, não teria comparado o Seu corpo com o Templo nesta frase: «Destruí este Templo e em três dias Eu o reconstruirei» (Jo 2, 19); não teria dito aos filhos de Zebedeu: "Podeis beber o cálice que Eu bebo?" e ainda: "Tenho de receber um baptismo" (Lc 12, 50). [...] "Se for possível, afasta de Mim este cálice". Ele diz isto por causa da fraqueza que adoptara, não fingida mas real. Uma vez que Se fizera pequeno e tinha de facto adoptado a nossa fraqueza, temia e sentia-Se abalado na Sua fraqueza. Tendo revestido a forma humana, tendo adoptado a fraqueza, comendo quanto tinha fome, cansando-Se com o trabalho, deixando-Se vencer pelo sono, tudo o que estava relacionado com a carne tinha de ser cumprido quando chegou a altura da Sua morte. [...] Para trazer, pela Sua paixão, conforto aos seus discípulos, Jesus sente o que eles sentem. Ele tomou sobre Si o medo deles, para lhes mostrar, pela semelhança da Sua alma, que não devem vangloriar-se a propósito da morte antes de terem passado por ela. Se, com efeito, Aquele que nada teme sentiu medo e pediu para ser salvo quando sabia que era impossível, quanto mais devem os outros perseverar na oração perante a tentação de dela serem libertados quando ela se apresentar. [...] Para dar coragem aos que temem a morte, Ele não escondeu o Seu próprio receio, para que eles saibam que este medo não os leva ao pecado desde que não permaneçam nele. "Não, Pai, diz Jesus, mas que seja feita a Tua vontade": que Eu morra para dar a vida à multidão.

Por: Evangelho Quotidiano