São Turíbio de Mongrovejo
Quarta-feia, 23 de março de 2011.
De origem espanhola, nasceu no ano de 1538. Cresceu muito bem educado dentro de uma formação cristã e humana, estudou Direito e prestou muitos serviços nessa área, sempre buscando dar testemunho cristão no ambiente em que se encontrava.
Turíbio ajudou até o rei Felipe, mas o chamado à vida dedicada ao Senhor, dentro do ministério sacerdotal, falou mais forte. Renunciou à sua profissão e, como sacerdote, foi escolhido bispo e enviado ao Peru. Era um homem apostólico.
Deparou-se com muitas injustiças: indígenas oprimidos, pobres abandonados. Então ele, no anúncio e na denúncia, passou a ser respeitado e ouvido por muitos.
Sem interesses e sem comungar com o poder opressor, ele deixou um marco para toda a América: de que o mundo precisa de santos, e isso só é possível na misericórdia, no amor, na verdade, no anúncio e na coragem de denunciar.
Depois de uma grave enfermidade, faleceu em 1606.
São Turíbio, rogai por nós!
2ª Semana da Quaresma
Primeira leitura (Jeremias 18,18-20)
Leitura do Livro do Profeta Jeremias.
Naqueles dias, disseram eles: “Vinde para conspirarmos juntos contra Jeremias; um sacerdote não deixará morrer a lei; nem um sábio, o conselho; nem um profeta, a palavra. Vinde para atacarmos com a língua, e não vamos prestar atenção a todas as suas palavras”.
Atende-me, Senhor, ouve o que dizem meus adversários. Acaso pode-se retribuir o bem com o mal? Pois eles cavaram uma cova para mim. Lembra-te de que fui à tua presença, para interceder por eles e tentar afastar deles a tua ira.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo (Salmos 30)
— Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!
Retirai-me desta rede traiçoeira, porque sois o meu refúgio protetor! Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel!
Ao redor, todas as coisas me apavoram; ouço muitos cochichando contra mim; todos juntos se reúnem, conspirando e pensando como vão tirar-me a vida.
A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor!
Evangelho (Mateus 20,17-28)
Naquele tempo, enquanto Jesus subia para Jerusalém, ele tomou os doze discípulos à parte e, durante a caminhada, disse-lhes: “Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos mestres da Lei. Eles o condenarão à morte, e o entregarão aos pagãos para zombarem dele, para flagelá-lo e crucificá-lo. Mas no terceiro dia ressuscitará”.
A mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos e ajoelhou-se com a intenção de fazer um pedido. Jesus perguntou: “Que queres?” Ela respondeu: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”. Jesus, então, respondeu-lhes: “Não sabeis o que estais pedindo. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”. Então Jesus lhes disse: “De fato, vós bebereis do meu cálice, mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é quem dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou”.
Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram irritados contra os dois irmãos. Jesus, porém, chamou-os, e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Agostinho (354-430)
«Vamos subir a Jerusalém»
Dá-Te a mim, meu Deus, dá-Te sempre a mim. [...] Descansamos no dom do Teu Espírito; aí Te gozamos, aí está o nosso bem e o nosso repouso. Aí o amor nos educa, e o Teu Espírito, que é bom, exalta a nossa baixeza, retirando-a das portas da morte (Sl 9, 14). Na boa vontade encontramos a paz.
Um corpo, pelo seu peso, tende para o seu lugar próprio; o peso não significa necessariamente ir para baixo, mas para o lugar próprio de cada coisa. O fogo tende para cima, a pedra para baixo [...], cada coisa para o seu lugar próprio; o óleo sobe para cima da água, a água desce para baixo do óleo. Se uma coisa não está no seu lugar, não está em repouso; mas, quando encontra o seu lugar, fica em repouso.
O meu peso é o meu amor: é ele que me leva para onde me leva. O Teu dom inflama-nos e leva-nos para cima; ele abrasa-nos e nós partimos. [...] O Teu fogo, o Teu fogo bom, faz-nos arder e nós vamos, subimos para a paz da Jerusalém celeste – porque encontrei a minha alegria quando me disseram: «Vamos para a casa do Senhor!» (Sl 121, 1). É para aí que a boa vontade nos conduz por ser o nosso lugar, aí onde não desejaremos mais nada do que assim permanecer para toda a eternidade.
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