De um sonho, 'Santuário de Santa Rita de Cássia' já é uma realidade

Reynaldo Felix/Jornalista Rádio Coraçao

O projeto do complexo arquitetônico do Santuário Santa Rita de Cassia, que será implantado no loteamento denominado Sitioca Campo Belo I e II, BR Dourados/Caarapó foi apresentado, por ocasião de uma quermesse da comunidade, em maio de 2013, onde encontravam-se presentes aproximadamente 600 pessoas, entre religiosos, padres, diácono, integrantes da comunidade Santa Rita de Cássia e de outras comunidades católicas de Dourados e região , além de pessoas convidadas para o evento. Todos puderam assistir a um vídeo que mostrou o empreendimento em sua totalidade, ou seja, uma mostra do sonho ha muito desejado pelos membros da comunidade. O Projeto arquitetônico foi desenvolvido pela Arquiteta Luzia Arnez, tendo como colaboradores os acadêmicos do Curso de Arquitetura da Unigran(Universidade da Grandourados).

O referido projeto foi concebido dentro dos parâmetros estabelecidos no âmbito religioso, ou seja, considerando toda sua simbologia e também baseado na história de vida de Santa Rita de Cássia e o complexo arquitetônico compreende as seguintes edificações: A Igreja, o Salão Paroquial e uma Gruta. Foi contemplado também como elemento de composição desses edifícios as áreas verdes e uma grande praça que acolhe os moradores da região e os visitantes. O marco inicial das obras desse complexo será alavancado a partir da construção da Gruta de Santa Rita de Cássia, através dela será santificado o local e despertando nas pessoas o desejo de lutarem pela construção do Santuário como um todo.

A previsão de execução da Gruta é para muito breve, sendo o terreno uma doação do empresário Elias Miranda que também tem sua história construída nos pilares dessa comunidade e como ele mesmo afirma esta devolvendo o que lhe foi dado de forma generosa por Jesus.

A comunidade aguarda ansiosa pelo início das obras, entretanto, o caminho para realização do projeto em sua totalidade exige muita perseverança e trabalho por parte de pessoas dispostas a contribuir na construção desse sonho.

O Projeto:

O Projeto do Santuário foi movido por um sonho verdadeiro, mostrado a Lúcia Antunes Kremer, hoje coordenadora da capela, pessoa que vive e se dedica incansavelmente a esta comunidade, o local destinado a construção da igreja e a da Gruta de Santa Rita de Cássia.

Movida por esse sonho e em meio a tantas dificuldades e com algumas conquistas em mãos, como a doações, da área para a construção pelo empresário douradense Elias Miranda, dos estudo da área, pelo Topógrafo João Maria e a terraplenagem da Empresa Safra Agro Engenharia Ltda (Erny Wenceslau Kudrna e José Paraboni) , dentre outros. No ano de 2012, foi encaminhada ao então Prefeito Murilo Zauith, que por sua vez a encaminhou para a Unigran, na pessoa de sua esposa Cecília Zauith, que por sua vez solicitou à professora e arquiteta Luzia de Cássia Arnez, então Coordenadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo, a viabilização do projeto junto aos acadêmicos. Assim, sob a coordenação da professora, iniciou-se um levantamento dos dados para a elaboração da proposta.

Entretanto, a história do projeto da Igreja de Santa Rita de Cássia se entrelaçou com a história da professora e arquiteta, pois seu nome, Luzia de Cássia, foi originado de uma promessa feita por seu pai, José Felix, a Santa Rita de Cássia e Santa Luzia para que lhe devolvesse a visão, pois o mesmo a havia perdido aos 20 anos de idade. E assim que ele (pai) recebeu a graça, disse que a próxima filha se chamaria Luzia de Cássia, isso se cumpriu e assim ela entendeu que seria sua a missão de elaborar esse projeto. Após algumas reuniões e partilhas com os membros da comunidade concebeu o projeto ora apresentado e segundo ela, os méritos dessa obra devem ser atribuídos aquele que é todo poderoso, Jesus! Pois foi ele quem nos deu a capacidade de realizá-la.

Nasce a Comunidade Santa Rita de Cássia

O início da Comunidade Santa Rita de Cássia aconteceu quando o Padre Francisco, com o consentimento do Bispo Diocesano Don Redovino Rizzardo, no ímpeto de levar a evangelização aos bairros mais afastados da cidade de Dourados, decidiu, juntamente com os primeiros moradores da sitioca, aproximadamente dez pessoas, realizar as missas nas residências. E assim foi a primeira, aconteceu na casa da Lucia e do Ari, casal fundamental no desenvolvimento da comunidade com história de vida, devoção e perseverança. No início, as celebrações foram realizadas em frente a sua residência, embaixo de um pé de árvore. Depois toda comunidade foi deslocadas para um barracão do empresário Elias Miranda, proprietário da sitioca. O barracão era constantemente ocupado para outros fins e a comunidade precisava sempre estar se deslocando de um lugar para outro, pois o mesmo precisava estar sempre de prontidão para as eventualidades. Assim também foram sendo celebrados os sacramentos católicos como: batizados, catequese, primeira eucaristia, casamentos e outros. Muitos desses eventos registrados em arquivos fotográficos. Quando chovia então, era um sufoco. Os padres embarravam suas batinas e os membros da comunidade amassaram muito barro para que as missas fossem realizadas. Era uma dificuldade muito grande, sendo que as pessoas não tinham onde ficar, às vezes precisava cancelar a celebração.

Também não se pode deixar de citar o envolvimento do Diácono Luiz Vanderlei Schluchting, no crescimento da comunidade pois ele caminhou com os membros da capela passo a passo desde seu inicio, entendendo cada dificuldade encontrada no decorrer do tempo até a chegada do momento do lançamento do tão sonhado projeto do Santuário de Santa Rita de Cássia.

A comunidade seguia caminhando, ganhando cada vez mais adeptos, porém, não tinha um lugar adequado para as celebrações das missas. Essa situação foi se tornando cada vez mais insustentável, pois os membros eram unânimes em afirmar que Jesus merecia um local santificado para que seus fies pudessem fortalecer sua fé.

Segundo Lúcia, de tanto pedir a Deus, um dia Jesus lhe mostrou, em sonho, um local com muitas pessoas, e que ali deveria ser construída a Gruta de Santa Rita de Cássia. Foi ai que ela começou a solicitar ao empresário Elias Miranda, proprietário do loteamento Sitioca Campo Belo I e II, a doação de um terreno para realização deste sonho. Com bastante esforço a comunidade foi presenteada com seu primeiro espaço e uma pequena capela foi construída com o empenho de todos, onde até hoje se celebram as missas e os sacramentos.

Doenças, provações e a idealização da Gruta de Santa Rita de Cássia No ano de 2009, o sonho de construção da gruta de Santa Rita começou a tornar-se uma realidade, para Lúcia. Porém, enfrentou fatos e momentos de muitas, provações e dificuldades com familiares. O Câncer do pai, o tumor no útero da filha e a depressão profunda de seu esposo.

Lucia, o esposo Ari e seus filhos após passarem por todas provações e milagres atribuem a Deus como sinais ocorridos em sua vida familiar e resolveram devolver todas as graças recebidas. Então, hoje dedicam grande parte de suas vidas e tempo, para as obras espirituais e materiais realizados na Capela Santa Rita de Cássia.

“Posso não ver em vida a realização desse projeto em sua totalidade, mas enquanto eu viver, vou lutar para que isso aconteça, pois tudo isso é obra feita para honra e glória do santo nome Jesus. Este também é um sonho toda de comunidade pois todo Santuário nasce primeiramente no coração de cada Cristão e da vontade de Deus”, finaliza Lucia Antunes Kremer.