Olimpíada Militar
Cerca de 5 mil atletas de quase 100 países estão chegando ao Rio de Janeiro para a quinta edição dos Jogos Mundiais Militares. É como os jogos Olímpicos, só que restrito a atletas das forças armadas
Da Época
Cerca de 5 mil atletas de quase 100 países estão chegando ao Rio de Janeiro. Eles vão participar da quinta edição dos Jogos Mundiais Militares, que começa no sábado (16). Nessa espécie de Jogos Olímpicos de fardas, são disputadas modalidades tradicionais, como futebol, boxe e judô, e esportes militares, como orientação, pentatlo naval e paraquedismo.
Nomes conhecidos do esporte nacional vão representar o Brasil. Em 2009, o Exército abriu um edital para reunir atletas para a seleção militar. Esportistas conhecidos como o judoca Tiago Camilo (medalhista olímpico) e o lutador de taekowndo Diogo Silva, que ganhou a primeira medalha de ouro brasileira no Pan do Rio, em 2007, acabaram tornando-se sargentos, com salários e condições de treino garantidos. A diferença em relação a um patrocínio da época de civil fica na aparência. “Vou ter que fazer a barba todo o dia”, afirmou o jogador de vôlei Anderson Rodrigues (ouro na Olimpíada de Atenas) ao site oficial dos Jogos Mundiais Militares. "A competição é um nível acima do Pan", disse Diogo Silva.
Entre as provas que não aparecem nas Olimpíadas está a de orientação. As equipes recebem um mapa e uma bússola e devem cruzar obstáculos para passar por pontos pré-determinados em um tempo específico.
Outra prova ausente nos Jogos Olímpicos tradicionais é o paraquedismo. Na modalidade "salto de precisão", o competidor deve saltar de uma altura de 1.200 metros e acertar, com um dos calcanhares, um quadrado com dois centímetros de diâmetro. Na modalidade "formação em queda livre", as equipes devem formar, em apenas 35 segundos e durante a queda, o maior número de figuras a partir de uma sequência pré-definida. Pela primeira vez, o Brasil vai participar na modalidade também no feminino.
A competição também terá esportes especificamente militares. São os triatlos aeronáutico, naval e militar. Em cada um deles, os competidores participam de modalidades como tiro, lançamento de granada, natação de salvamento, habilidade naval e pista de obstáculos.
Cerca de 100 mil policiais e militares cuidarão da segurança do evento. Durante as cerimônias de abertura e encerramento, ruas do entorno do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, serão fechadas. No domingo, dia em que será realizada a maratona, algumas ruas entre o Recreio dos Bandeirantes e o Flamengo serão interditadas. O evento é considerado um teste para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada do Rio, em 2016.
E como já aconteceu em Olimpíadas, também teve polêmica fora das quadras esportivas. A Itália ameaçou boicotar a competição como sinal de protesto à libertação do italiano Cesare Battisti no Brasil. Porém, recuou da decisão e decidiu enviar seus 160 competidores.
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