André inaugura duplicação da MS-156 em setembro
Para isso ele terá que construir rotatória para escoar produção da Comunidade Bandeirantes que vivem às margens da BR
Do O Progresso
DOURADOS – O governador André Puccinelli confirmou que irá inaugurar a MS-156 em setembro. A duplicação da rodovia já está finalizada, no entanto ainda falta ser feita uma rotatória. Outro problema é quanto a iluminação. Super-postes foram colocados ao longo dos 18 quilômetros da via, mas as lâmpadas só ficam desligadas.
Quando esteve na sexta-feira em Dourados, para entrega das casas populares do Estrela do Leste, André Puccinelli comentou que já está tudo certo para a construção da rotatória. A inauguração da rodovia já era pra ter sido feita, no en-tanto o Ministério Público Estadual (MPE) cobra adequações, como a construção da rotatória, reivindicação da comunidade Bandeirantes, um grupo de aproximadamente 50 famílias que moram às margens da MS-156, próximo a Pedreira Itaporã. Eles são pequenos produtores rurais que cultivam hortifruti e precisam da rotatória para escoar a produção.
Veto – Antes da solenidade de entrega das casas o governador respondeu perguntas de jornalistas. Questionado sobre o veto do projeto de Lei que determina que o Estado e municípios só inaugurem obras e serviços se eles estiverem em plenas condições de funcionamento, André foi taxativo. “Nunca inaugurei uma obra inacabada no Estado, no entanto não há necessidade de um projeto desse ser aprovado”, afirmou, alegando ainda que essa medida invadiria a competência do Executivo. O projeto de Lei é de autoria do deputado estadual Cabo Almi (PT-MS). O veto foi publicado na edição de quinta-feira passada no Diário Oficial do Estado (DOE-MS).
A duplicação da rodovia MS-156 pode ser considerada uma obra inacabada, que se dependesse do governador já esta-ria inaugurada. No primeiro projeto da via constava a construção da rotatória, retirada em segundo momento. Acontece que para a sua construção é necessário adentrar terras particulares, de ambos os lados da pista. Um dos proprietários já teria autorizado a construção. Ele é da comunidade Bandeirantes. No entanto, proprietário do lado aposto da MS-156 quer indenização caso a rotatória invada suas terras.
Complexo indígena -André Puccinelli também comentou sobre a Vila Olímpica Indígena na aldeia Jaguapiru em Dourados. Inaugurada em 6 de maio deste ano até agora está de portões cadeados. Ninguém assumiu a ‘paternidade’ da administração. A Vila indígena foi construída com emendas do deputado Geraldo Resende (PMDB), que dispara críticas à prefeitura de Dourados, governo do estado e Funai por ‘lavarem as mãos’ para o projeto. “Já dou comida, dou roupas e assistência na saúde e agora tenho que administrar a Vila Olímpica, aí já é querer de-mais”, argumentou o governador.
O complexo, que dispõe de ginásio poliesportivo coberto, arquibancada e banheiros, parque Infantil, sala de aula, dois campos de futebol e prédio administrativo, também pode ser considerado uma obra inacabada, já que não tem administrador. Abandonado no meio da Reserva Indígena, o complexo já está sendo alvo de depedra-ção. Os indígenas temem que o local se transforme em ponto de prostituição e de uso de drogas.
A nova tentativa de se encontrar um gestor para o projeto, que consumiu recursos da ordem de R$ 1 milhão e 600 mil, fez com que o deputado Geraldo batesse às portas da Secretaria Nacional Antidrogas. Ele foi apresentar plano de gestão sistematizado em que a UFGD administre o complexo com atividades esportivas, culturais e de lazer, das 9 às 21 horas, em 6 dias por semana. O orçamento anual do projeto é de R$ 1,4 milhão e prevê o custeio de atividades e pessoal. Dia 11 de agosto equipe da Secretaria Antidrogas vem a Dourados para conhe-cer a Vila Olímpica e tratar sobre a sua gestão.
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