Atenção: INPE registra 189 focos de queimadas em MS


Em Dourados, por exemplo, não chove há 13 dias, e a umidade do ar está em menos de 50%. Em Dourados, por exemplo, não chove há 13 dias, e a umidade do ar está em menos de 50%.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou 189 focos de queimadas em Mato Grosso do Sul. O número é referente aos meses de janeiro a maio.

O INPE aponta que o risco de incêndio é alto no estado, principalmente na região Sul. Em dois dias Mato Grosso do Sul registrou 59 focos de calor. Por dia, o Instituto Municipal do Meio Ambiente recebe em média 20 denúncias de queimadas em terrenos baldios.

O número de fiscais ambientais dobrou para dar conta das ocorrências. No local eles tiram fotos e coletam informações sobre a queimada.

Qualquer tipo de queimada urbana é considerada crime ambiental e se o responsável pelo incêndio for identificado, é notificado e multado em no mínimo R$ 5 mil.

Em Dourados, por exemplo, não chove há 13 dias, e a umidade do ar está em menos de 50%. O tempo seco contribui para que as chamas se alastrem com mais facilidade. A situação traz consequências para a saúde. De acordo com a pediatra e hebiatra Carmem Lúcia de Almeida Santos, o número de pessoas que se queixam de problemas respiratórios mais que dobra com a umidade do ar em baixa. "O tempo seco resseca as mucosas e ficamos mais suscetíveis às doenças respiratórias. Se nossa pele já fica ressecada por fora, podemos imaginar que por dentro não é diferente”, afirma a médica.

E não são só as doenças respiratórias que preocupam com a estiagem e o tempo seco. Os vírus, as bactérias e os agentes de alergia ficam em suspensão no ar e são transmitidos com maior facilidade. “Com as condições do clima, aumenta também o quadro de viroses, pela maior disseminação dos vírus. Temos recebido muitas crianças com diarréia e vômitos, além de quadros de catapora e conjuntivite”, afirma a pediatra. Isso acontece também, porque ar com pouca umidade provoca o ressecamento do nariz e da garganta, o que diminui a proteção natural do organismo contra vírus, bactérias e agentes de alergia.

Mas quem pensa que são só as crianças que sofrem com a baixa umidade está enganado. De acordo com a médica Carmem Lúcia, os problemas estão atingindo a todos. E o cuidado precisa ser redobrado para quem já sofre com algum tipo de doença respiratória. “Quem já tem problema de obstrução crônica tem o quadro agravado com essas condições. Uma rinite, por exemplo, pode evoluir para sinusite e bronquite, por isso é preciso redobrar os cuidados”, explica.

A melhor maneira de prevenir que as doenças respiratórias e as viroses se manifestem é beber muito líquido. A pediatra, Carmem Lúcia de Almeida Santos, orienta que as mães também não se esqueçam de hidratar os filhos pequenos. “Muitas vezes as mães não tomam água e se esquecem de dar a bebida para os filhos. Mas é preciso aumentar a hidratação com essas condições de tempo seco”, afirma.

Seja o primeiro a comentar!

Restam caracteres. * Obrigatório
Digite as 2 palavras abaixo separadas por um espaço.