Aulas são retomadas em escola onde suspeito de matar pais estudava
Colégio de SP contratou profissionais especializados para acolher crianças.Investigações serão retomadas nesta segunda-feira.
G1
As aulas na escola onde estudava o garoto de 13 anos suspeito de matar os pais na Brasilândia, na Zona Norte de São Pauloforam retomadas na manhã desta segunda-feira (12). A Polícia Civil suspeita que Marcelo Pesseghini matou o pai, a mãe, a avó e a tia e na sequência se suicidou entre a noite do dia 4 e a madrugada do dia 5.
A direção do Colégio Stella Rodrigues, onde o garoto estudou por oito anos, contratou profissionais especializados para orientar professores e funcionários para acolher os alunos. Nesta manhã, os portões foram abertos às 6h30, como informou o Bom Dia São Paulo. A movimentação foi grande em frente à escola, mas os pais evitaram o contato com a imprensa.
Desde terça-feira (6), as aulas estavam suspensas. A última vez que a criança foi à escola foi há uma semana, no dia 5. Câmeras de segurança registraram o momento em que ele chegava ao estabelecimento. Essa foi a última vez que ele foi visto.
A família não acredita que a criança tenha assassinado os parentes. Em entrevista ao Fantástico, exibida neste domingo (11), o tio de Marcelo Pesseghini, irmão do policial da Rota Luís Marcelo Pesseghini, mostrou uma carta feita pelo garoto no Dia dos Pais de 2012. No texto, o garoto diz que ama o pai e o felicita pela data. "Pai, você é o melhor pai do mundo inteiro eu sempre vou te amar, um grande beijo e feliz dia dos pais", diz o bilhete.
Investigações
As investigações serão retomadas nesta segunda-feira. Vinte pessoas já prestaram depoimento. Os relatos de médicos legistas que trabalham no caso mostram que o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, de 40 anos, foi morto cerca de 10 horas antes da família, como informou o SPTV, no sábado (10).
Nesta semana, a polícia aguarda a conclusão de dois laudos. Um deles deve apontar o horário aproximado das mortes. O outro indicará distância e ângulo em que tiros foram disparados.
Laudo
A informação sobre quando o sargento foi morto é baseada na análise das manchas de sangue e constará no laudo do Instituto de Criminalística que será entregue à Polícia Civil. O laudo necroscópico das outras vítimas também deverá ser concluído na próxima semana. A Polícia Civil aguarda agora a análise do computador usado pelo adolescente e dos telefones celulares da família.
Na semana passada, a polícia já havia informado que exames preliminares apontavam a sequência de mortes na residência da Rua Dom Sebastião. Primeiro teria morrido o pai do garoto, depois a mãe, a cabo Andréia Regina Bovo Pesseghini, de 36 anos, em seguida, a avó dele, Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos, e a tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos.
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