Centro não suporta mais chuvas fortes
douradosagora.com.br
Com quase 200 mil habitantes, Dourados começa a enfrentar problemas de alagamento até então registrados nas grandes cidades do país. A diferença é que a enxurrada na segunda maior cidade do estado ainda não está invadindo o comércio, como acontece nas metrópoles. A forte chuva na tarde desta segunda-feira deixou as três principais avenidas do município tomadas pela água. Somente carros trafegavam por aqueles locais.
Se não bastasse os bairros, a área central agora tornou-se alagável. Basta o céu ficar carregado para mobilizar alguns comerciantes. A loja Avenida, defronte a praça Antônio João, é a mais preparada. Há dois meses eles foram surpreendi-dos com a enxurrada que invadiu a empresa e causou estragos em mobílias. Ontem, funcionários baixaram as portas te-mendo novos prejuízos. A enxurrada que desce da parte alta da cidade para nos principais cruzamentos das avenidas Weimar Torres, Marceli-no Pires e Joaquim Teixeira Alves. Esse problema acontece há pouco mais de um ano e vem se agravando com o passar do tempo.
Acontece que as redes de esgoto não vencem mais a força da água, que acumula em vários pontos da cidade. Ontem por exemplo, a área central praticamente parou. A enxurrada chegou a esconder o canteiro central e a água subiu as calçadas.
BAIRROS
Em alguns bairros críticos da cidade o problema atormenta muitos moradores, como a Vila Cachoeirinha. Acostuma-dos com a “enchente”, muitos deles colocam os poucos móveis que restam nas alturas, em cima de cavaletes. O problema é causado por uma série de fatores, entre elas a falta de infraestrutura (drenagem) em algumas ruas e o acúmulo de lixo nos bueiros e no córrego Rego D’água, que transborda e invade casas. Outro bairro que está sendo castigado é o Estrela Porã. Grande parte dos moradores saiu do Cachoeirinha. Foram para lá porque onde moravam antes era considerado área de risco.
A Defesa Civil teve que prestar assistência na tarde desta segunda-feira em vários bairros da cidade, informou o coordenador João Vicente Chencarek. O Canaã I, Estrela Hory e imediações, foi bastante castigado, segundo ele. (Flávio Verão)
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