Combate ao furto de energia passará por 150 mil imóveis

D. News

O trabalho tem sempre dois pontos de partida. Um deles é uma criteriosa análise sobre o histórico de consumo que leva em conta aspectos como, por exemplo, capacidade instalada, períodos de atividades ao longo do ano e, até, o comportamento do clima. Outro vem pelas denúncias que entram por meio dos canais de atendimento ao público. A partir daí é definido e quantificado o universo a ser fiscalizado.

A etapa seguinte é composta de outros dois procedimentos. O primeiro consiste numa inspeção informada e presenciada pelo cliente ou um responsável pela unidade consumidora e, em determinados casos, acompanhada por autoridade do Setor de Segurança. Quando o caso envolve violação dos lacres e adulteração no medidor, o equipamento é substituído e encaminhado para perícia técnica no INMETRO-Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia.

Para esse tipo de procedimento a equipe também informa e registra, em formulário padrão do setor elétrico, que o consumidor tem pleno direito de acompanhar, presencialmente em data e hora agendadas, todos os passos do Instituto que tem capacidade tecnológica apurar resultados com precisão e, fé pública, para emitir laudos.

É com base nessa competência do INMETRO que as empresas de energia elétricas, a exemplo da Enersul, se baseiam para combater as fraudes em medidores e instalações elétricas. O furto de energia e um problema que, quando não é combatido, causa risco de morte á quem vive num imóvel com esse tipo de ligação, pode gerar interrupções no abastecimento de uma comunidade e ainda causar prejuízo aos cliente honestos já que, uma parte dos custos da energia desviadas pelas fraudes, é rateada entre todos os consumidores.

Só no ano passado, enquanto a Enersul identificou e tomou as medidas legais contra 31.715 consumidores com irregularidades, sendo 30% reincidentes, o furto de energia causou, ao País, um prejuízo de R$ 5 bilhões, no mesmo período. O levantamento é do Instituto Acende Brasil, considerado o observatório do Setor Elétrico Nacional, que ainda revela: por conta das fraudes o impacto na tarifa do consumidor honesto, dependendo da concessionária, variou de 4 a 17%.


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