Farmácias vendiam remédios de farinha
Fonte: Dourados Agora
A operação “Placebo” do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, fechou três farmácias na manhã de ontem em Dourados. De acordo com nota do MPE, os estabelecimentos estariam comercializando medicamentos falsificados. Parte destes era “placebo”, uma espécie de farinha, utilizada por grupos criminosos para a confecção dos remédios e que, de acordo com a Vigilância Sanitária, não têm qualquer efeito esperado para quem os consome. Fora isto, também pode ocorrer a superdosagem do princípio ativo do medicamento, podendo levar à morte quem ingerir. Dentre todos os apreendidos a maioria falsificada era os medicamentos “Viagra” e “Cialis”. De acordo com informações do Ministério Público, o Gaeco - integrado por Promotores de Justiça do Estado - iniciou a investigação em abril deste ano. O objetivo da operação é retirar do mercado os produtos que tiverem constatação prévia de falsificação e buscar provas para subsidiar a investigação.
Trata-se de crime contra a saúde pública, conforme define o MP. No total, o Gaeco vistoriou seis farmácias ontem, mas os trabalhos continuam em todos os estabelecimentos alvos de denúncias.
Nos três estabelecimentos fechados, em Dourados, foram encontrados medicamentos com venda proscrita, por serem falsificados, de origem ignorada e com prazos de validade vencidos, caracterizando o crime hediondo descrito no artigo 273 do Código Penal (falsificação ou adulteração), com pena que vai de 10 a 15 anos de reclusão.
A Vigilância Sanitária, que participou das autuações também encontrou irregularidades como falta de alvará, e ausência do responsável técnico cadastrado no setor. As empresas tiveram as portas fechadas e lacradas até que regularizem a situação junto a justiça.
Medicamentos apreendidos e proprietárias das farmácias foram encaminhados para a Delegacia Especializada de Crimes de Fronteira (Defron) para lavratura dos flagrantes.
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