Dourados: na noite de ontem, câmara encerra sessões sem votação
As sessões ordinárias realizadas ontem na Câmara Municipal desta vez foram adiadas por falta de quórum
do Dourados News
Apenas seis vereadores compareceram e as matérias que iriam ser votadas foram adiadas para a próxima sessão.
Dos vereadores presos na Operação Uragano, o único que compareceu na sessão de ontem foi Júlio Artuzi (PRB), novamente bastante hostilizado pelo público que conseguiu entrar no plenário. Os manifestantes pedem a renúncia dos vereadores envolvidos na Operação da Polícia Federal e eleições imediatas em Dourados.
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Compareceram à sessão os vereadores Délia Razuk (PMDB), Dirceu Longhi (PT), Albino Mendes (PL), Cido Medeiros (DEM) e Cemar Arnal (PDT). Nem mesmo Aurélio Bonatto (PDT) e José Carlos Cimatti (PSB), que estiveram participado das últimas sessões, desta vez não quiseram aparecer. Bonatto pediu licença médica e não deve comparecer também na próxima sessão.
Pelo menos 150 policiais fizeram a segurança no lado interno e externo da Câmara, com o reforço da Guarda Municipal. As pessoas que conseguiram ter acesso na Câmara tiveram que passar por revistas.
PROTESTOS
As duas sessão foram abertas sob vaias e manifestações do público que lotou o plenário com faixas e cartazes. Estava prevista a posse da vereadora Délia Razuk (PMDB), que é presidente da Câmara, para assumir o cargo de prefeito que hoje está ocupado interinamente pelo juiz Eduardo Machado Rocha.
No começo da noite veio o anúncio do adiamento pelo próprio juiz-prefeito, que falou ao público antes do inicio da primeira sessão. Ele disse que o adiamento foi a pedido da própria vereadora, a fim de esperar um posicionamento do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS) sobre o assunto.
Há uma dúvida se Délia pode assumir a função pois o vice-prefeito, Carlinhos Cantor (PR), embora esteja preso, não foi afastado das funções, como aconteceu com o prefeito, Ari Artuzi (sem partido).
O juiz Eduardo Machado Rocha informou que o TJ deve se manifestar sobre quem deve assumir o cargo até amanhã.
O MPE (Ministério Público Estadual) solicitou o afastamento de Carlinhos Cantor da função de vice-prefeito, mas foi negado na primeira instância. O MPE agora vai recorrer da decisão no TJ/MS até o final da semana. O advogado de Carlinhos Cantor, José Wanderlei Bezerra Alves, disse que já recorreu contra decisão de habeas corpus, que foi negado semana passada. Ele acredita que o recurso deva ser julgado nos próximos dias.
SESSÕES
A presidente da Câmara, Délia Razuk, abriu a primeira sessão, por volta das 18h, para concluir as deliberações da semana passada, quando um tumulto impediu o encerramento da sessão e a outra para dar posse ao substituto do vereador Humberto Teixeira Júnior, primeiro-secretário da Mesa, que pediu afastamento da função e continua preso na Penitenciária Harry Amorim Costa (Phac). Os vereadores também iriam escolher os membros da Comissão Processante, que pode resultar na cassação do prefeito afastado Ari Artuzi, mas também foi suspenso.