Encontro na Itália reunirá representantes de diversas religiões


Da Canção Nova
No encontro em Assism, 50 nações estarão representadas No encontro em Assism, 50 nações estarão representadas

Na manhã desta terça-feira, 18, foi apresentada em uma coletiva de imprensa, na sala João Paulo II, detalhes sobre a Jornada de reflexão, diálogo e oração pela paz e justiça no mundo que tem como tema “Peregrinos da verdade, peregrinos da paz”. A Jornada acontecerá na cidade italiana de Assis, no dia 27 de outubro.

O Presidente do Pontifício Conselho 'Justiça e Paz'; Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, destaca que 25 anos depois do primeiro encontro em Assis, a Igreja Católica convida novamente todos os cristãos e todos os homens de boa vontade a unirem-se neste caminho fraterno. O objetivo da Jornada - como salientou o Papa Bento XVI no encontro com a comunidade muçulmana na Alemanha - é mostrar, com simplicidade, que os homens religiosos e aqueles de boa vontade desejam oferecer sua contribuição para a construção de um mundo melhor, reconhecendo, ao mesmo tempo, a necessidade de crescer no diálogo e na estima recíproca.

“Depois de 25 anos de colaboração entre os religiosos e de testemunho comum é tempo de por na balança e de relançar neste empenho diante de novos desafios, como a crise econômica e financeira que dura mais do que o esperado; crises de instituições democráticas e sociais; crise alimentar e ambiental; migrações bíblicas; formas mais sutis de neo-colonialismo; no flagelos contínua da pobreza e da fome; no terrorismo internacional; nas crescentes desigualdades e nas discriminações religiosas”, destaca Cardeal Peter Kodwo.

Em vista da paz, destaca ainda o cardeal, somente o conhecimento teórico não basta, é preciso uma mobilização de espírito, a busca por novos caminhos e boas práticas.

Para o secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, monsenhor Pier Luigi Celata, são muitos os desafios que necessitam da colaboração recíproca das diversas religiões.

“É claro que da capacidade deles depende a atenção, a consideração da sociedade civil. Da capacidade das religiões de servir ao homem na totalidade de sua dignidade depende, em última instância, a credibilidade deles”, ressalta monsenhor Celata.

Assim, a Jornada de Assis, que surgiu por desejo do Beato João Paulo II, é uma oportunidade de se fazer peregrino para refletir, mediante a escuta e o silêncio, e se encontrar vias de diálogo para reavivar o empenho comum para servir o homem com justiça e paz entre as nações e ao interior de cada sociedade.

Delegações e representantes das diversas religiões e comunidades

No encontro estarão representantes de diversas religiões da Ásia e África, como o presidente da Direção dos Muçulmanos de Caucaso, Sheick-ul Islam Allahshukur Pashazade; um representante do Rei da Arábia Saudita e Guardião das duas Mesquitas Sagradas, o vice-ministro da Educação, HE Muammar Al Faisal; o Secretário-Geral Interino do Centro Internacional para o Diálogo Inter-Religioso e Intercultural 'Rei Abdullah Bin Abdulaziz'; um representante do Rei de Marrocos, o Ministro dos Assuntos Islâmicos, professor Ahmad Tawfiq; e um membro da família real da Jordânia, príncipe Ghazi bin Muhammad.

Serão ainda 17 delegações das Igrejas Orientais: O Patriarca Bartolomeu I guiará a delegação do Patriarcado Ecumenico de Constantinopla; o Arcebispo de Tirana, como representante de toda a Igreja Ortodoxa da Albânia; uma delegação do Patriarcado de Moscou e muitos outros representantes das Igrejas Ortodoxas Orientais, como a Patriarcado sírio-ortodoxo, a Igreja Apostólica Armênia e a Igreja Ortodoxa Síria Malankara, além de uma delegação da Igreja Assíria do Oriente.

Outras 13 delegações estarão presentes para representar as Igrejas e comunidades eclesiais do Ocidente, como a Comunidade Anglicana, da Federação Luterana Mundial, Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas e do Conselho Metodista Mundial.

Uma delegação judia, dirigida pelo Grão-Rabino de Israel e outras de caráter internacional também aceitaram o contive do Papa Bento XVI para participar desta Jornada em Assis.

Estudiosos da Europa e da América também foram convidados e trarão para o encontro um aspectivo linguístico e cultural da sociedade, esclarece o sub-secretário do Pontifício Conselho da Cultura, monsenhor Melchor José Sánchez de Toca y Alameda. Ele destaca que está é a primeira vez que o Papa convida para este encontro pessoas não religiosas, pois o Papa acredita que todos estão em busca de Deus e do Absoluto, estão sempre em peregrinação em direção a plenitude da verdade.



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