Energia fica até 18% mais cara em Mato Grosso do Sul


A partir do dia 8 de abril o consumidor sul-mato-grossense vai pagar mais caro pela taxa de energia elétrica
Do Jornal O Progresso
Consumidores vão sentir no bolso, mais um aumento na tarifa de energia a partir deste mês (Foto: Hédio fazan/PROGRESSO) Consumidores vão sentir no bolso, mais um aumento na tarifa de energia a partir deste mês (Foto: Hédio fazan/PROGRESSO)

A partir do dia 8 de abril o consumidor sul-mato-grossense vai pagar mais caro pela taxa de energia elétrica. O reajuste foi publicado ontem pela Agência Nacional e Energia Elétrica (Aneel). O efeito médio a ser sentido pelo consumidor será de 17,49%.

O consumidor de baixa tensão, que são as residenciais, terão um índice aplicado nas contas de luz de 18,57% e os consumidores de alta tensão, que são as industrias, o índice será de 14,82%.

A Assessoria de Imprensa da Enersul explicou que na realidade o aumento real na tarifa foi de 12,33%, no entanto, o consumidor vai sentir o impacto médio de 17,49%. Isso porque, segundo a Enersul, este ano a empresa deixa de descontar os valores do ressarcimento por cobrança irregular depois de revisão tarifária de 2003.

A direção da concessionária lembra que três índices foram levados em consideração para chegar a esse percentual. O primeiro é de reajuste econômico calculado pelo IGP-M e o fator X, além de outros custos empregado na atividade de distribuição, como a compra de energia e os inúmeros impostos.

Consumidor vão sentir no bolso mais um aumento na tarifa de energia a partir deste mês (Foto: Hédio fa-zan/PROGRESSO) Consumidor vão sentir no bolso mais um aumento na tarifa de energia a partir deste mês (Foto: Hédio fa-zan/PROGRESSO)

Dentre as dez empresas de energia elétrica que terão reajuste no mês de abril, a Enersul foi a que apresentou o maior pleito.

O índice de reajuste de cada empresa é calculado pela Superintendência de Regulação Econômica, a partir da planilha apresentada pelas concessionárias. Depois, tudo é submetido à aprovação da diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica, durante reunião pública.

QUESTIONAMENTOS

O novo aumento da tarifa de energia elétrica foi motivo de alguns debates no mês de março pelo Conselho de Consumidores da Enersul (Concen) e a Federação das Industrias de Mato Grosso do Sul (Feims).

O presidente da entidade, Sérgio Longen, disse que Fiems sempre lutou contra o alto custo da energia elétrica em Mato Grosso do Sul e, portanto, não poderia concordar com o índice pleiteado pela Enersul, que na ocasião era de 19,35%, em média.

Para a Fiems, o setor produtivo e a população já sofrem enormes pressões com “tarifaços”, como o do IPTU, por exemplo. “O impacto desse índice solicitado pela Enersul no bolso dos consumidores vai ser muito grande”, alertou na ocasião, destacando que a “Fiems já articula parcerias com a Assembléia Legislativa e bancada federal do Estado para estabelecer uma tarifa que seja economicamente viável”, pontuou Longen em reunião realizada dia 14 do mês passado.

Foi destacado na reunião que o percentual de aumento da tarifa de energia seria superior ao do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que no acumulado nos últimos 12 meses está em 6,01%.


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