Furacão Irene chega à costa leste dos Estados Unidos

Centro Nacional de Furacões classifica agora o Irene como de categoria 1.Cerca de 2 milhões de pessoas foram orientadas para sair de casas.

O furacão Irene, que deixou pelo menos seis mortos em sua passagem pelo Caribe, chegou à costa leste dos Estados Unidos. Ao todo, sete estados estão em emergência neste sábado (27). Cerca de 2 milhões de pessoas foram orientadas a sair de casa, entre elas, o presidente norte-americano, Barack Obama, que interrompeu as férias na região.

Mais cedo, o furacão foi classificado como de categoria 1 – de menor intensidade -, de acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. O Irene começou a a castigar nesta sexta-feira (26) o litoral da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, com fortes ventos, chuvas torrenciais e ressaca.

No entanto, as condições do clima têm piorado desde a madrugada deste sábado (27) e o furacão já causa inundações e quedas de energia generalizadas. Segundo a rede de TV CNN, mais de 26 mil pessoas já estavam sem energia na manhã deste sábado. Além disso, 7.381 pessoas se encontram nos 81 abrigos. O olho do Irene se aproxima da Carolina do Norte, onde deve chegar nas próximas horas perto de Morehead City e ilhas próximas.

O furacão, com ventos máximos sustentados de 160 km/h, mantém em alerta de furacão grandes centros urbanos do litoral dos Estados Unidos, incluindo Nova York. Segundo o NHC, Irene ainda é um ciclone de categoria 2 na escala de intensidade Saffir-Simpson, de um máximo de cinco, mas tocará o solo com categoria 1, no entanto, ainda considerado perigoso, pois a velocidade das rajadas de vento seguirá perto de 150 km/h.

Está vigente um aviso de furacão (passagem do sistema em 36 horas) desde Nova Jersey e Nova York até a costa de Massachusetts, incluindo as ilhas de Martha's Vineyard e Nantucket. Permanece em vigor uma vigilância de furacão (passagem em 48 horas) para o norte de Sandy Hook, em Nova Jersey, até a desembocadura do rio Merrimack, em Massachusetts.

Furacão Irene causou fortes tempestades na Carolina do Norte na madrugada deste sábado (27) (Foto: Robert Ray/AP) Furacão Irene causou fortes tempestades na Carolina do Norte na madrugada deste sábado (27) (Foto: Robert Ray/AP)

Voos cancelados

Diversas companhias aéreas cancelaram voos entre este sábado e domingo (28) à costa leste do país e todos os previstos para Nova York. Entre as companhias que mudaram os planos de voos estão Air France, American Airlines, AirTran Airways, JetBlue Airways, Delta Air Lines e Southwest Airlines.

No caso da Air France, foram suspensos também neste sábado os voos para Washington. Com destino a Boston, no entanto, não houve cancelamentos. Para o domingo, a situação deve se inverter nas duas localidades, pelo menos no que diz respeito aos voos da Air France.

O presidente americano, Barack Obama, decretou estado de emergência na Carolina do Norte, Nova York, Virgínia e Massachusetts, estados em que está previsto a passagem do furacão nas próximas horas.

Ressaca 'extremanete' perigosa

Os meteorologistas recomendaram aos moradores que tomem precauções porque Irene causará ressaca extremamente perigosa, que deve elevar o nível de água entre dois e três metros acima da média normal.

Após passar pela Carolina do Norte, o furacão se deslocará ao longo da costa nordeste dos Estados Unidos e afetará muitas cidades que se encontram na área, informou o meteorologista Félix García, do NHC.

Embora classificado na categoria 2, segundo o NHC, Irene tem perdido força durante sua aproximação à costa leste norte-americana.

No domingo, segundo o NHC, o fenômeno deve atingir o estado da Nova Inglaterra.

A população de Nova York aguarda a chegada do furacão Irene, que pode alcançar a cidade neste final de semana e ser classificado como o mais intenso da história das medições do NHC.

Segundo o instituto, o Irene chegou a alcançar nesta sexta o nível 3 na escala Saffir-Simpson, com ventos a uma velocidade de 170 km/h, e chegou a possuir a mesma categoria do Katrina - o furacão que devastou Nova Orleans em 2005, com 1.700 mortos.

(*) Com informações das agências de notícias Efe e Reuters


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