Governo adia entrega de metade das obras da Copa após balanço


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Obra do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília (DF), foi uma das obras que tiveram entrega adiada Obra do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília (DF), foi uma das obras que tiveram entrega adiada

O governo federal adiou a previsão de entrega de quase metade das obras da Copa do Mundo de 2014 nos últimos dias do ano passado. Após fazer um balanço sobre o andamento dos projetos necessários para a realização do Mundial, a data para a conclusão de 50 das 102 construções ou reformas programadas estarem prontas até o início do torneio foi atrasada.

O balanço das obras da Copa do Mundo foi divulgado pelo Ministério do Esporte na noite do dia 27 de dezembro. O documento detalha a situação de tudo o que está sendo feito por cidades-sede, estados, União e empresas para a realização do torneio, que acontece daqui a um ano e meio.

O documento dá ênfase às obras de infraestrutura e dos estádios da Copa, incluídas no chamado primeiro ciclo de planejamento do Mundial. O balanço detalha o andamento dos projetos e informa a previsão para a conclusão de cada um.

Em dezembro, a previsão para a entrega de 54 projetos foi diferente da informada em abril, quando o Ministério do Esporte também apresentou uma versão do balanço das obras. Dos 102 projetos analisados em dezembro, 50 tiveram sua data de conclusão atrasada e quatro, adiantada (veja abaixo).

Em Porto Alegre, por exemplo, dez das 14 obras programadas para a Copa tiveram sua entrega adiada –todas elas de mobilidade urbana. Situação semelhante aconteceu em Curitiba. Das 12 obras previstas, oito tiveram sua data de entrega alterada. Todas elas são para melhoria no transporte da capital paranaense.

Em Brasília, das cinco obras previstas, três tiveram sua entrega adiada. Inclui-se nesta lista o Estádio Nacional Mané Garrincha, que custará mais de R$ 1 bilhão. A arena deveria ter sido entregue no final de 2012. Segundo o Ministério do Esporte, será aberta em abril, quatro meses depois.

Ainda sobre Brasília, não está incluída na lista de obras adiadas a construção da linha de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que ligaria o aeroporto à Asa Sul da cidade. Neste caso, o atraso na execução da obra foi tamanho que o trem urbano acabou sendo tirado da lista oficial de projetos para a Copa do Mundo. Por isso, nem foi citado no balanço de obras de dezembro.

Também não foram citados no último balanço de obras projetos de mobilidade programadas São Paulo, Manaus, Natal e Curitiba. Essas obras também não ficarão prontas para a Copa. O governo federal só incluiu no balanço obras que ainda estão programadas para terminarem até o Mundial, mesmo adiadas.

Procurado para comentar os adiamentos, o Ministário do Esporte informou que eles "fazem parte do processo de monitoramento da Matriz de Responsabilidades [documento que lista tudo o que deve ser feito até o Mundial]". O ministério ressaltou também que "as obras essenciais para a realização da Copa do Mundo de 2014 estarão concluídas em tempo hábil."

No dia da divulgação do balanço das obras, o próprio ministro Aldo Rebelo também havia demonstrado satisfação com o andamento dos projetos, mesmo com a revisão dos prazos para entrega. "O balanço é positivo", declarou ele. "Algumas obras ficaram prontas bem antes da Copa, como os estádios de Fortaleza e de Belo Horizonte e algumas intervenções em aeroportos. E as obras de mobilidade urbana e em portos estão em andamento."

De acordo com o Ministério do Esporte, das 102 obras programadas para a Copa, 81% estão em andamento ou já foram concluídas.


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