Governo vai aumentar em 7% preço da gasolina, mas tenta amenizar impacto


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Consumidores vão sentir de imediato o reajuste do preço do combustível (Nelson Antoine/Fotoarena) Consumidores vão sentir de imediato o reajuste do preço do combustível (Nelson Antoine/Fotoarena)

A gasolina vai ficar mais cara nos postos pela primeira vez em quase dez anos. O reajuste a ser anunciado pelo governo federal deve ser de 7%. O óleo diesel também vai subir entre 4% e 5%. A expectativa é a de que o anúncio seja feito na semana que vem.

O reajuste será sentido de imediato pelo consumidor. Mas para amenizar esse impacto e evitar uma piora nos índices de inflação do ano, a equipe econômica estuda medidas que poderão ser adotadas nos próximos meses. Uma delas é o aumento da mistura de álcool anidro (etanol) na gasolina.

O governo deve anunciar com o reajuste dos combustíveis a elevação do teto da mistura do etanol à gasolina dos atuais 20% para 25%. Mas o aumento só será efetivado quando a colheita de cana-de-açúcar estiver no auge, o que deve ocorrer em junho. Demanda antiga dos usineiros, o aumento da mistura pode, no futuro, representar um desconto no preço da gasolina. Além disso, a medida alivia a necessidade de importação de gasolina, que tem contribuído para o déficit da balança comercial no início deste ano.

A decisão de conceder o reajuste já está tomada no Ministério da Fazenda e recebeu o aval do Palácio do Planalto. Mas o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também é o presidente do Conselho de Administração da Petrobras, só vai bater o martelo sobre o aumento e a fórmula que será adotada para amenizar esse repasse ao consumidor quando voltar das férias, na semana que vem.


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