Núncio comenta reforma migratória em Cuba


Da Canção Nova

A partir de 14 de janeiro de 2013 os cidadãos cubanos poderão sair da Ilha exclusivamente com o passaporte. Esta novidade foi anunciada nesta terça-feira, 16, pelo governo de Havana. Depois de 50 anos, não será mais necessário, portanto, o visto obrigatório para deixar o país. Também não será mais necessária uma carta-convite de um cidadão do país de destino e o tempo de permanência fora do país aumentou de 11 a 24 meses. Trata-se de mais uma medida do quadro de reformas anunciadas pelo irmão de Fidel Castro, Raul, e que era uma das mais aguardadas.

A Rádio Vaticano entrevistou o Núncio Apostólico em Cuba, Dom Bruno Musarò, sobre o assunto.

Rádio Vaticano - Pode-se definir este anúncio como histórico?

Dom Musarò - Certamente, esta reforma da política migratória é uma mudança muito aguardada. Trata-se de um evento histórico? Bem, certamente é um passo muito importante: as práticas burocráticas se tornam menos rígidas. Agora, precisa ver quantos poderão viajar. Esperamos que beneficie todos os cubanos.

Rádio Vaticano - Esta reforma poderia afrouxar o embargo imposto pelos Estados Unidos?

Dom Musarò - Seria uma esperança, porque esta política do embargo naturalmente pesa muito, sobretudo sobre os mais pobres.

Rádio Vaticano - O senhor considera que muitas pessoas, como os jovens por exemplo, se aproveitarão da nova lei para sair de Cuba?

Dom Musarò - Certamente haverá esta vontade de emigrar. Os jovens, talvez para aperfeiçoar os estudos, vão querer sair. Depois veremos a situação que se apresentará no futuro.



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