Inflação oficial fecha 2010 em 5,91%, mostra IBGE
Taxa é a maior verificada desde 2004, quando IPCA ficara em 7,6%. Alta de 2010 foi puxada por preços de alimentos, segundo IBGE.
Do G1
A inflação oficial, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou 2010 em 5,91%, puxado pelo aumento dos preços de alimentos, segundo informou, nesta sexta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2009, o índice ficara em 4,31%. A maior taxa anterior a essa havia sido verificada em 2004, quando o IPCA ficou em 7,6%.
"O resultado do ano de 2010 mostra que o IPCA voltou a subir, chegando ao nível de 2008, quando havia ficado em 5,90%", disse o órgão, por meio de nota. Os alimentos, que exerceram a principal influência, segundo o IBGE, ficaram, em média, 10,39% mais caros de 2009 para 2010.
O resultado ficou em linha com as projeções feitas pelo mercado financeiro. No último boletim Focus, do Banco Central, a estimativa para o IPCA de 2010 era de 5,90%.
De acordo com o IBGE, em 2010, em todas as regiões pesquisadas foi registrado avanço nas taxas de variação do grupo alimentação e bebidas, com destaque para Curitiba, cujos preços subiram 13,14%, a maior alta. Na contramão, a menor variação foi verificada em Porto Alegre, 7,53%.
Vilão
Entre os produtos pesquisados pelo IBGE, durante o ano, o preço do feijão chegou a ficar 51,49% mais caro. No entanto, foi o custo da carne que pesou mais no bolso do consumidor em 2010, já que é o preço do quilo aumentou 29,64%, em média, liderando a lista dos principais impactos ou contribuições para o IPCA do ano.
Consequêcia disso também é o aumento do preço das refeições feitas fora de casa, que tiveram alta de 10,62%, representando o segundo maior impacto no IPCA do ano, de acordo com o IBGE.
Em 2010, os produtos não alimentícios fecharam em alta de 4,61%, contra 4,65% de 2009. Os gastos com empregados domésticos exerceram a principal influência dentro do grupo, com avanço de preços de 11,82%. Os custos com cabeleireiro ficaram mais altos também, 8,16%, e o grupo das despesas pessoais fechou em 7,37%. Em seguida está o grupo educação, que fechou o ano em alta de 6,22%, influenciado, principalmente, pelo avanço de preços das mensalidades escolares, 6,64%.
Em dezembro
No mês de dezembro, em relação a novembro, o índice registrou variação de 0,63%. No mesmo período do ano passado, o índice havia ficado em 0,37%.