Lixões ilegais afloram em Dourados.


Do O Progresso

Espalhados por toda a cidade, os focos de lixões clandestinos afloram do dia para a noite. Eles estão às margens das rodovias, em terrenos baldios ou em ruas, geralmente sem asfalto. Produtos que, poderiam ser reciclados ou ter destino adequado. Além de demorar milhares de anos para se decompor, causam mau cheiro e acumulam água, propiciando a proliferação do mosquito da dengue, numa época crítica na qual a doença é uma ameaça.

Algumas pessoas ignoram a lei e jogam pneus velhos às margens da MS-156 (Foto: Hédio Fazan/OPROGRESSO)
Algumas pessoas ignoram a lei e jogam pneus velhos às margens da MS-156 (Foto: Hédio Fazan/OPROGRESSO)

A MS-156 e a estrada de acesso ao distrito de Panambi é exemplo de falta de conscientização ambiental. Os lixões clandestinos se alastram pelo trecho. O PROGRESSO flagrou dezenas de pneus que foram “desovados” de forma irregular a poucos metros do aterro sanitário.

Os produtos ficam expostos às chuvas e acumulam água. Outros materiais, como galões, canos, eletrônicos, garrafas, entulhos, restos de construção, gesso, resíduos de oficina e animais mortos, também foram encontrados. A cada dia eles avançam em direção ao meio da rodovia e a área urbana do município. Apesar de recentes limpezas feitas no local pelo poder público, alguns carroceiros insistem em jogar lixo nestes pontos.

Algumas pessoas ignoram a lei e jogam pneus velhos às margens da MS-156 (Foto: Hédio Fazan/OPROGRESSO)
Algumas pessoas ignoram a lei e jogam pneus velhos às margens da MS-156 (Foto: Hédio Fazan/OPROGRESSO)

Ao todo, o aterro sanitário recebe por mês mais de 5 mil toneladas de lixo. Metade disto poderia ser reciclado.

Em recente entrevista ao O PROGRESSO, o promotor de Justiça do Meio Ambiente, Paulo Cezar Zeni, disse que os ecopontos - solicitação feita pelo Ministério Público – são promessas que não sairam do papel. Há mais de dois anos o MP vem cobrando uma iniciativa do poder público para resolver o problema, mas sem sucesso.

Zeni explica que estes locais servem para o depósito legal de produtos recolhidos por carroceiros. Separados, estes resíduos são recolhidos pela prefeitura e destinados para a reciclagem. “Até agora, o que nos chegou de informação foi que dos quatro Ecopontos prometidos, um deles estaria licenciado, mas sem funcionamento”, destaca.

Enquanto isso, carroceiros clandestinos da cidade depositam tudo o que recolhem em áreas ambientais ou às margens das rodovias, modificando a paisagem destas áreas. A ação incentiva as queimadas, outra atividade irregular, que além de danos ao Meio Ambiente, incomoda moradores próximos com a fumaça.

De acordo com o Código Ambiental de Dourados, lei 055, de 2002, o depósito irregular de lixo em via pública rende multas que podem chegar até R$ 1 milhão, dependendo da gravidade do caso.



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