MS vai testar vacina contra a dengue
Campo Grande é umas das capitais que vai fazer o teste tendo em vista que será produzida em larga escola a partir de 2014
Do O Progresso
Pelo menos 500 pessoas de Mato Grosso do Sul, com idade de entre 9 a 18 anos, vão servir de voluntárias para o teste da vacina contra a dengue, tendo em vista que começa a ser produzida em larga escala a partir de 2014.
Cada voluntário vai receber três doses da vacina, com intervalo de seis meses.
No Brasil, além de Campo Grande em MS, os testes serão realizados em Goiás na capital de Goiânia; no Espirito Santo (Vitória); Rio Grande do Norte (Natal) e no Ceará (Fortaleza).
De acordo com o médico infectologista Rivaldo Venâncio, a vacina é necessária para tentar controlar a doença. Ele lembra que em 2010 em MS foram 70 mil casos e quase 50 mortes. Agora ainda existe a ameaça do vírus tipo 4, que é novo. Com isso o Estado não está livre de uma nova epidemia no verão.
O diretor regional de pesquisa clínica para América Latina do Sanofi Pasteur, Pedro Garcia Garbes Netto, disse durante palestra nesta terça-feira na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande, que a vacina já foi aplicada em dez mil pessoas ao redor do mundo. As análises apontam para uma escala gradual de proteção contra a doença, à medida que as doses são aplicadas.
O resultado do teste de eficácia será apresentado no fim de 2012. Ainda não se sabe sobre a necessidade de reforço das doses.
“É preciso garantir segurança e eficiência. A dengue é bem diferente, porque são quatro tipos. São quatro vacinas em uma só”, explica.
MINISTRO - O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o presidente mundial da GlaxoSmithKline, Andrew Witty, anunciaram na sexta-feira (25), em Londres (Reino Unido), investimento de 70 milhões de euros (cerca de R$ 183,7 milhões) no desenvolvimento de novas vacinas contra dengue, malária e febre amarela.
Os recursos serão aplicados na criação de um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que será voltado a tecnologias para a prevenção e atenção a essas doenças. Na primeira etapa, o foco prioritário será o desenvolvimento de uma vacina contra a dengue.
Trata-se da primeira cooperação público-privada, nesta área, entre uma multinacional e um laboratório público. Cada parceiro financiará metade dos custos previstos.
Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o acordo inicia um novo momento para a inovação, desenvolvimento e produção brasileira de insumos para a saúde. “O país deixa de apenas comprar pacotes básicos de transferência de tecnologia para a construção de uma relação que permite o desenvolvimento de insumos desde a sua fase de pesquisa”, afirmou.
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