Museu Histórico de Itaporã, vamos semear esta semente


Por Walter Ramos

O esquecimento do brasileiro é cultural ou não?

Segundo Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra, espero que isso não prospere mais como frase de efeito, principalmente para nós brasileiros e Itaporaenses.

Quando todo mundo concordar que toda a unanimidade é burra, ficará comprovado que toda a unanimidade é burra mesmo!

Pelo ao menos não somos unânimes em se acomodar, não somos unânimes em achar que historia não enche barriga e por fim não somos unânimes em achar que não somos capazes de contarmos a nossa própria historia.

Unanimidade inteligente requer a liberdade de distinguir entre o direito nosso de questionar e o dever nosso de comprometer-nos.

No final do ano que passou durante um evento em Itaporã, pude presenciar um pouquinho da historia do nosso município contada em fotos e objetos, que me deram um verdadeiro banho de nostalgia, a ponto de me despertar para necessidade de lançar um grito em favor da edificação do nosso Museu.

O despertar de uma Idéia

O evento citado aconteceu no salão paroquial da igreja matriz de Itaporã e foi denominado I Mostra Cultural do Profuncionário, com a apresentação de um bem elaborado projeto que visava mostrar a cultura sul mato-grossense em especial a historia de Itaporã abordada através do esporte, arte, cultura e alimentação.

Tive a grata satisfação de estar presente a este evento que contou com a participação de inúmeros artistas locais, sendo eles: cantores, grupos de dança, artistas plásticos entre outros, que com muita criatividade nos transportou para os primórdios de Itaporã através de uma refinada amostragem de fotos antigas, peças e adereços oferecidos por antigos moradores.

Foi um momento de pura nostalgia, que mais parecia uma viagem no tempo. Diante daquilo tudo, tive a sensação que, enquanto Itaporaenses de coração, deveríamos e devemos nos atentar para começar contar a nossa historia de maneira mais sólida e consistente.

Ainda há tempo de coletar ou resgatar muitas coisas que fizeram parte dos 58 anos de vida de nosso município.

Se acham ossos de dinossauros com três milhões de anos, o que não faríamos com apenas 58 de historia?

Se todo mundo se mobilizar, acredito que cada família Itaporaense tem algo para mostrar, seja documental, objetos, fotos ou qualquer peça que esteja dentro do contexto.

Antes de semear com força essa idéia, eu já tive a informação que Sr. Francisco Santana, um dos fotógrafos pioneiros de nossa cidade, já esta realizando um amplo trabalho de busca em seus arquivos, onde através da fotografia terá muita coisa linda pra nos mostrar.

Fica aqui meu anseio, de que nos unamos para criar o nosso museu. Sei que o poder público através da Educação Cultura e Lazer não nos negará este suporte, mais para isso, você que esta lendo agora este artigo, também pode ser parte integrante desta saga, basta você querer e se manifestar.

Na verdade para se dar inicio a um projeto é necessário um ponto de referencia para acatarmos as idéias e planos de ação, mais isso fica para segunda etapa, o que eu quero agora é só lançar o grito, para ver a repercussão.

A voz do povo é a voz de Deus, ninguém faz nada sozinho, e essa empreitada não é só minha, depende de toda a comunidade, afinal Itaporã é uma historia viva escrita a mais de 20 mil mãos.

O que você acha disso?

De sua opinião, ela é extremamente importante.

Walter Ramos



(1) Comentário

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Queria que todos se interessase pela historia de itapora, meu padrasto ja falecido foi vereador da cidade, joaquim jose ribeiro, inclusive tem foto dele na camara municipal, ele tinha muitas fotos lindas, das primeiras casas, acho que alguem deve ter mais fotos como aquelas que eu mesmo nao sei onde foram parar, eu amo minha cidade.

 
FLORENI VANSAN BIFARONI em 23 de abril de 2013 às 02:52