Naviraiense e Paysandu vão para o desempate no STJD nesta quarta
Fonte: Gazeta MS
Nesta quarta-feira, a rodada da Copa do Brasil marca cinco partidas, todas definindo classificados para a terceira fase da competição. Mas não vai ser apenas dentro das quatro linhas que se decidirão o destino de alguns clubes. Às 17h (MS), no Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Naviraiense e Paysandu disputam uma das vagas após cada um vencer um jogo, com vantagem para o CEN pelo critério de gols marcados fora de casa. A nova disputa - chamada pelos peladeiros de "nega" ou desempate - acontece por que, na visão do clube paraense, o vice-campeão do MS teria utilizado um jogar irregular na partida de ida no dia 8 de maio, o que eliminaria o time do campeonato.
Para acompanhar o julgamento, o Naviraiense, além do escritório contratado especializado no assunto, conta com o apoio do ex-presidente do TJD-MS e deputado estadual Marquinhos Trad, representante do senador Delcídio do Amaral, do presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário e do prefeito de Naviraí, Léo Matos, todos já no Rio de Janeiro.
No julgamento, a defesa de cada clube se baseia em documentos diferentes. Segundo a diretoria do Naviraiense, os contratos dos atacantes Bahia e Paulo Sérgio, que também participou do jogo mais não foi citado, venceram de fato no dia 7, mas, de acordo com o Artigo 41 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), o clube teria até o dia 22, 15 dias após o vencimento, para regularizar a situação sem que os jogadores fossem impedidos de participar das competições em disputa. Os novos contratos foram registrados na última segunda-feira (20).
Já Alberto Maia, Bruno Castro e Osvaldo Sestário, advogados do Paysandu, apresentam a defesa baseados exclusivamente no regulamento da Copa do Brasil. "O regulamento da Copa do Brasil é muito claro. No artigo sexto diz que o atleta tem que ter condição de jogo até um dia antes da partida, e o atleta não tinha condição de jogo, porque o contrato dele expirou no dia 7 de maio”, argumenta Alberto Maia ao Diário Online.
A disputa dos clubes não é exclusivamente para avançar na competição e enfrentar o Atlético-PR. A premiação para os vinte participantes da terceira fase é de R$ 400 mil cada e, no caso do Paysandu, se confirmada a eliminação, o prejuízo pode atingir cerca de R$ 2 milhões se somados bilheterias e contratos de patrocínio.
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