Obama diz que acordo fiscal é "primeiro passo" para melhorar economia dos EUA
Uol
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, analisou na madrugada desta quarta-feira (2/1) o acordo aprovado pelo Congresso para evitar os efeitos do chamado "abismo fiscal" e assegurou que o pacto representa "apenas um passo" dentro de um esforço mais amplo de fortalecimento da economia.
Em um breve comparecimento à imprensa, Obama classificou a aprovação da lei que evita a alta de impostos para a classe média como a sua principal promessa eleitoral.
O presidente reconheceu, no entanto, que o deficit do país "é alto demais" e se declarou "completamente aberto" a um compromisso para reduzi-lo de forma "equilibrada".
Obama advertiu também que não está disposto a entrar novamente em longas negociações com o Congresso sobre o aumento do teto de endividamento nacional. O Congresso, segundo ele, tem de proporcionar ao governo os meios requeridos pelas leis que os próprios congressistas aprovam.
"Graças aos votos de republicanos e democratas no Congresso, vou assinar uma lei que sobe os impostos para os 2% mais ricos e evita, ao mesmo tempo, altas impositivas que teriam devolvido o país à recessão", ressaltou o presidente.
Obama agradeceu o trabalho realizado nos últimos dias por seu vice-presidente, Joe Biden, que permaneceu ao seu lado durante o comparecimento à imprensa, assim como a colaboração demonstrada pelo líder republicano do Senado, Mitch McConnell, e o presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner.
Na votação da Câmara dos Representantes, nesta terça-feira, o acordo foi aprovado com 257 votos a favor e 167, contra. Um dia antes, no Senado, o resultado favorável foi mais tranquilo, de 89 a 8.
O próximo desafio de Obama será a busca de um acordo sobre a redução do orçamento federal, especialmente das despesas em alguns programas sociais muito populares.
Sobre isso, o presidente advertiu que a racionalização dessas despesas deverá acontecer junto com uma reforma do código fiscal que elimine os abusos e as lacunas que permitem a evasão.
Após o discurso, o presidente dos EUA viajou ao Havaí para retomar as férias com sua família, que precisou interromper devido à crise fiscal.
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