Os encantos da harpa com Rafael Deboleto
Fonte: Dourados Agora
Dizem que a harpa é o símbolo do amor na forma de arte, poesia e música. O douradense Rafael Deboleto, conhecido como garoto prodígio pelas suas apresentações, é um exemplo na arte de tocar a harpa. Pare ele, o instrumento é uma fonte de inspiração dada a essência e a musicalidade única que somente a harpa pode fazer.
Se nos dias de hoje associamos o som da harpa à música clássica e a espetáculos teatrais, não imaginamos que ela é um dos instrumentos mais antigos do mundo em parceria com a flauta. Rafael, de família paraguaia por parte de pai, conheceu a harpa em Capiatá, cidade próxima a capital Assunção, no Paraguai, país onde viveu grande parte de sua infância, dos 1 aos 9 anos de idade.
Como Assunção é conhecida como a capital mundial da harpa, o garoto prodígio absorveu no país vizinho a essência e o encanto necessário para manusear o instrumento e continuar o seu trabalho em Dourados. “No Paraguai fiz alguns meses aula. Eu tinha nove anos na época e logo em seguida minha família se mudou para Dourados”, lembra Rafael. Ele e a mãe Maria da Graça são douradenses. O pai Elizeu é paraguaio.
Regressando a Dourados, Rafael passou a dedicar sozinho à harpa, pois não havia professor. Em pouco tempo seu talento foi reconhecido além dos limites da cidade, recebendo convites para apresentações em outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. No Programa Raul Gil, Rafael esteve três vezes.
Mistura de ritmos
Quem pensa que a harpa é apenas para tocar músicas clássicas e regionais está enganado. Rafael se inspira na essência do ritmo fronteiriço para incluir em seu repertório uma variedade de ritmos, como o heavy metal. Pink Floyd e Iron Maiden são algumas das bandas que ele “destrincha” em sua harpa.
Atualmente Rafael, de 19 anos, concilia a harpa com a universidade. Ele estuda Relações Internacionais. Mesmo assim, encontrando uma brecha em sua agenda, o prodígio se apresenta nos mais variados eventos. Contatos para apresentações podem ser feitos pelo telefone (67) 9698-3023.
Origem
A harpa é um instrumento que tem seus primórdios no mundo antigo – Egito e Grécia –, ganhando feições e adaptações em vários pontos do planeta, como na cultura celta, ou então em certas performances musicais, concertos clássicos. No Paraguai, marca o encontro da cultura importada pelos religiosos no século 16 e 17 com as tradições dos indígenas. Ao contrário da harpa sinfônica, que possui de 46 a 47 cordas, a paraguaia fica entre 36 e 44 cordas. Esta pode executar gêneros diversos, dos mais tradicionais – polcas, guarânias – até aqueles que normalmente não são ligados ao instrumento, como rock e até o gospel.
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