Pó de Rocha: Tecnologia de ponta; saiba mais


por Antonio Weber – Agroecologista com certificação orgânica

Os solos mais ricos e férteis do mundo tiveram sua origem numa rocha vulcânica e extremamente dura: o basalto!

Na natureza, para se formar um centímetro de solo a partir da decomposição da rocha, os geólogos e pedólogos afirmam serem necessários cerca de 500 a 1.200 anos, dependendo da intensidade das reações químicas e biológicas de decomposição.

É fantástica a quantidade de elementos minerais nutritivos encontrados no basalto. Aqui no Brasil são poucas ainda as referências de sua utilização em escala comercial na agricultura. Na Europa, sua utilização pode ser considerada uma prática convencional de muitos agricultores.

Mais impressionante ainda é a capacidade que o pó de basalto possui em recuperar solos que foram empobrecidos pelos processos de erosão, lixiviação, acidificação natural ou pela aplicação de fertilizantes químicos, e principalmente pela exportação contínua de nutrientes pelas colheitas.

Num processo convencional de produção de alimentos, são fornecidos às plantas apenas nitrogênio, fósforo e potássio, chamados de NPK, tornando o solo e sua produção desequilibrados e enfermos. Sabemos que, para uma planta desenvolver-se sadia e equilibrada necessita de 45 micro e macronutrientes, dos quais podemos encontrar no pó de basalto.

A importância do solo é muito grande, para toda cadeia alimentar, dentro desta cadeia está o homem, que depende totalmente dele para se alimentar. Do equilíbrio do solo depende toda a vida na Terra. Assim, as plantas crescerão sadias e sem doenças, biologicamente completas. Terão quantidades e proporções ideais de minerais para alimentar qualquer animal e mantê-lo sadio, sem doenças e com vitalidade.

Só para dar um exemplo da importância do solo na cadeia alimentar do homem, os solos carentes de magnésio vão produzir culturas deficientes deste mineral, e os animais que delas se alimentarem tornar-se-ão carentes. No homem, as carências de magnésio provocam doenças como: hipertensão, artrose, artrite e muitas outras, uma vez que efetua mais de 300 funções no organismo humano.

A presença de uma ampla diversidade de elementos químicos no pó de rocha, com destaques para os elevados teores de fósforo (cerca de 60 vezes mais que um solo de ótima fertilidade), cálcio (10 vezes mais), magnésio (20 a 40 vezes mais), enxofre, potássio, boro, ferro e principalmente o silício, numa proporção elevada de óxidos de silício (7,8%), além de titânio, lítio, cobalto, iodo e tantos outros elementos que a ciência agronômica ainda não estudou os efeitos sobre as plantas.

O resultado imediato da aplicação do pó de basalto é o desenvolvimento abundante de raízes das plantas, tornando-as capazes de aumentarem a absorção de nutrientes e conseqüentemente sua capacidade produtiva. Estudos recentes no Brasil o indicam como potencial recuperador de pastagens e de canaviais. A liberação dos nutrientes do pó de basalto é gradual e contínua. As pesquisas apontam que os melhores efeitos são obtidos com o pó de basalto de granulometrias variáveis, isto é, uma mistura de grãos finos e grãos mais grossos.

As partículas mais finas têm uma liberação mais rápida de nutrientes, enquanto que os grãos maiores vão liberando seus nutrientes lentamente, de forma homeopática.

Mas o maior benefício do basalto é mesmo a produção de alimentos muito mais sadios e riquíssimos em nutrientes, tornando as pessoas e os animais que deles se alimentam igualmente sadios e bem nutridos. Plantas mais sadias, resistentes ao ataque de doenças e pragas.

O pó de pedra ou de rocha, não deve ser e não é apresentado como uma receita pronta e completa para o desenvolvimento da agricultura, como foi implantada pelas grandes empresas a revolução verde, com o uso de adubos químicos e venenos. O maior ou menor resultado do uso de pó de rocha nas culturas, não depende exclusivamente do seu uso ou não, mas também da vida biológica do solo. Num solo muito pobre e desgastado, a reação será menor, ao contrário que num solo vivo, que contenha matéria orgânica, sem uso de químicos, venenos e adubação verde.

A idéia de que existe uma receita pronta, deve ser desmistificada, as dosagens de pó de rocha devem ser testadas em cada propriedade, começando com pequenas quantidades e ir aumentando até obter o resultado esperado.

Antonio Weber – Agroecologista com certificação orgânica (IBD

Cultivamos idéias, ideais & plantas...

O maior ou menor resultado do uso de pó de rocha nas culturas, não depende exclusivamente do seu uso ou não, mas também da vida biológica do solo O maior ou menor resultado do uso de pó de rocha nas culturas, não depende exclusivamente do seu uso ou não, mas também da vida biológica do solo

(5) Comentários

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Produzo húmus de minhoca e pretendo plantar hortaliças, sem uso de produtos quimicos. Tenho lido sobre o pó de rocha, mas não sei onde comprar. Outra duvida que tenho é se pode usar esse pó de brita das pedreiras.

 
Valmir Roberto Roos em 06 de junho de 2016 às 10:07

onde posso comprar o pó de rocha

 
Waldemar DA Silva Ferreira em 19 de janeiro de 2015 às 08:20

a onde posso comprar pó de rocha ( pó de basalto )
Quero fazer uma experiência. E vivo no Algarve em Sagres.
Muito obrigado.

Paulo Malato

 
Paulo Fragoso Malato em 24 de julho de 2014 às 06:48

Olá, gostaria de comentar que quando se fala em Pó de Rocha devemos lembrar que a granulometria neste caso deve ser inferior a 0,2mm ou 200micras, o Pó de Rocha quando passado em uma peneira de malha 80 ele tem sim diversas granulometrias. Já o Pó de Rocha colhido com exaustor é chamado de Talco de Pó de Rocha, serve para aplicação foliar e peleagem de sementes. www.poderocha.net.br

 
Horst Thiessen em 07 de março de 2012 às 17:06

Ola, gostei demais da materia e achei tudo o que eu queria saber sobre componentes da rocha vulcânicas so faltou aprofundar um pouco mais no grupo de metais preciosos, se puder me ajudar agradeço.

 
Roque Dada em 03 de dezembro de 2011 às 06:45