Preço da Gasolina tem alta de até R$ 0,12 em Dourados
Do Diário MS
A gasolina voltou a ficar mais cara nesta semana em Dourados. O acréscimo foi de R$ 0,10 a R$ 0,12 no valor cobrado nas bombas. Um aumento impulsionado pela cotação do etanol, que também está em elevação.
Até a semana passada o preço médio da gasolina era de R$ 2,65 nos postos de Dourados, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo), sendo o mínimo praticado a R$ 2,55 e o máximo a R$ 2,87. Os preços tiveram no final de semana um acréscimo de R$ 0,10 a R$ 0,12.
A alta foi repassada aos postos pelas distribuidoras, de acordo com Tarso Moro da Rosa, vice-presidente do Sinpetro/MS (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos, Lubrificantes e Lojas de Conveniências de Mato Grosso do Sul).
“É praticamente em função do Etanol, que subiu bastante. As distribuidoras têm subido a gasolina de R$ 0,02 a R$ 0,03 por dia, e repassaram aos postos, que consequentemente repassam aos consumidores”, disse Rosa.
Parte da gasolina é composta por etanol, que está saindo mais caro das indústrias. “As usinas aumentam a cada dia o preço. Pelo que sabemos, não existe ainda uma previsão de etanol mais barato pelos próximos dois anos, devido a uma série de fatores que afetaram a produção de cana”, acredita Rosa.
Há previsão de mais alta no etanol nos próximos dias. Mas, o acréscimo deve ser ainda maior no preço da gasolina, por conta de outro reajuste. “Deve haver um aumento no preço real da gasolina. A Petrobrás anunciou que o preço da gasolina está 10% defasado em relação ao mercado internacional, e por isso está prevendo um aumento”, afirmou Rosa.
ETANOL
O Etanol comprado pelos consumidores também sofreu alta para o consumidor no último final de semana em Dourados, nos mesmos índices da gasolina. Na semana passada, o preço praticado era, em média, R$ 2,00, o mais barato R$ 1,92 e o mais caro praticado a R$ 2,07.
A alta no produto que sai das usinas é resultado do momento vivido pelo setor sucroalcooleiro no Brasil. De acordo com a Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar) há uma quebra na produção do Centro-Sul do país, com registros de queda na produtividade.
A venda do etanol pelas usinas nessa região do país, do início de abril a 16 de agosto deste ano, sofreu uma queda de 16,11% em relação ao mesmo período da safra passada. De acordo com a Única, 7,38 bilhões de litros ficaram no mercado doméstico, que é a prioridade das usinas, mesmo com a “situação adversa”, para atender a demanda interna.