Promotor fala sobre PEC 37 a alunos do terceirão

Depto.Comunicação EIC

Durante essa semana, membros do Ministério Público (MP) realizaram uma série de atividades em Dourados, buscando adesão ao movimento que contrário à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37, também conhecida como PEC da impunidade. Na terça-feira (09) o promotor Paulo Roberto Ishikawa conversou com os alunos do terceiro ano do Ensino Médio sobre o tema, pedindo a mobilização,também, de familiares e vizinhos.

“A PEC 37 corre no Congresso desde 2011 e o MP está fazendo essa campanha para que a população tenha conhecimento do seu conteúdo”, justificou, esclarecendo que o movimentoé em defesa do poder investigativo do MP e de outras instituições. “Isso é muito grave. Se esses órgãos não investigarem, o monopólio da investigação passa somente às mãos da polícia e o delegado não vai conseguir investigar tudo e todos”, argumentou.

Ishikawa lembrou que os promotores têm nível hierárquico do juiz de Direito nesses casos, lembrando que a categoria pode investigar quem quer que seja, sem problemas com chefia, sem transferências. Já os delegados, segundo ele, não possuem essa prerrogativa. “Não somos contra policiais, eles vão continuar fazendo o papel deles, que é importantíssimo. Quanto mais pessoas investigando, melhor”, disse.

Além desse encontro, a EIC também mobilizou os alunos de 2º ano, por meio das aulas de Ensino Religioso. “Tenho a missão de ser provocador, para que eles [alunos] se atentem, não vejam a violência como uma coisa banal”, justifica o professor Clodoaldo Poska. A discussão fez parte do trabalho que vem sendo realizado com base no tema da Campanha da Fraternidade 2013 (Fraternidade e Juventude), e que vem discutindo o papel do jovem frente às Políticas Públicas.

“Pedi a assinatura para os alunos com 16 anos ou mais e sugeri que todos utilizem as redes sociais para mostrarem seu posicionamento. Eles devem estar atentos ao que está sendo votado no Congresso e cientes de seus direitos e deveres. Provoco esses alunos para que reflitam como estão se comportando como cidadãos e como jovens comprometidos”, diz o professor. Adesões – Em três dias de movimento na cidade, segundo jornal local, foram recolhidas mais de 6,5 mil assinaturas. Na EIC, o abaixo-assinado foi disponibilizado junto ao livro-ponto dos funcionários e passou nas turmas em que há alunoscom 16 anos ou maise, portanto, são portadores de título eleitoral e podem aderir ao movimento.

Cássio Felipe Gimenez está se preparando para concorrer a uma vaga no curso de Direito e fez questão de participar do abaixo-assinado contra a PEC. “Fiquei muito surpreso, nunca tinha visto o Ministério Público fazer um movimento como esse. Pelo que se pode ver, é bem nítido que isso vai ser ruim para a sociedade. Acredito que a maioria das pessoas também não quer em que a PEC seja aprovada, pois vai prejudicar todo mundo”, considera o estudante do 3º ano do Ensino Médio.


Seja o primeiro a comentar!

Restam caracteres. * Obrigatório
Digite as 2 palavras abaixo separadas por um espaço.