Quase 37 anos depois, exumação no RS tenta esclarecer morte de Jango

Procedimento reúne peritos estrangeiros e da Polícia Federal em São Borja.Familiares suspeitam de morte por envenenamento durante exílio.
Peritos se preparam para exumação de Jango em São Borja (Foto: Márcio Luiz/G1) Peritos se preparam para exumação de Jango em São Borja (Foto: Márcio Luiz/G1)
G1

Passados quase 37 anos, peritos afirmam que será possível determinar as causas da morte do ex-presidente João Goulart, o Jango. A exumação dos restos mortais do político deposto no golpe militar de 1964 e morto durante o exílio em 1976 começou pouco antes das 8h desta quarta-feira (13) em São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. O procedimento não tem hora para acabar, mas deve durar pelo três horas.

Para garantir a segurança, uma operação foi montada na região do cemitério, com policiais militares e agentes da Defesa Civil para qualquer apoio necessário. A rua foi bloqueada e o acesso é restrito.

Os peritos, quatro brasileiros da Polícia Federal (PF), além de especialistas do Uruguai, da Argentina e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), chegaram por volta das 6h45 para o processo de exumação. O neto João Marcelo também chegou antes das 7h.

Com roupas especiais para o procedimento, os peritos farão o trabalho na área isolada por uma estrutura metálica e por lonas. O ex-presidente foi sepultado no jazigo da família Goulart, onde já foram enterradas nove pessoas, entre elas o ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, cunhado de Jango.


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