Rede informática da Igreja desenvolve projetos ousados na América


DA Canção Nova
Letícia Soberón, coordenadora da Rede Informática da Igreja na América Latina (RIIAL) Letícia Soberón, coordenadora da Rede Informática da Igreja na América Latina (RIIAL)

O projeto nasceu em 1987, com o objetivo de favorecer as novas tecnologias na comunicação da Igreja e ampliar a inclusão digital na América Latina.

Há seis anos coordenado pela psicóloga e doutora em comunicação, Letícia Soberón, a Rede Informática da Igreja na América Latina (RIIAL) já desenvolveu projetos audaciosos, como o “Um Laptop para cada criança”, em países latino-americanos. Colômbia, Uruguai, Honduras e Nicarágua já utilizam as novas tecnologias, como ferramentas de ensino nas escolas.

“É uma forma divertida e enriquecedora de aprender e as crianças sentem vontade de estar na escola”, afirmou Soberón nesta quinta-feira, 14, em sua palestra no 1º Seminário de Comunicação dos Bispos do Brasil (Secobb), que acontece no Rio de Janeiro, até o próximo sábado.

De acordo com a psicóloga, o método precisa ser aprimorado pelos educadores, como uma nova janela para o saber. “São crianças e jovens que passam necessidades, foram maltratados, abusados e perderam as perspectivas no ambiente escolar. Uma educação humana digna é a primeira forma de evangelização”, afirmou.

Mas a coordenadora reconhece que a inclusão digital é mais complexa na prática. “Não tenho certeza de que apenas um computador possa eliminar essa barreira digital, mas estamos atentos as outras questões”, admite.

Ela explica que não foi fácil implantar essa nova metodologia de ensino, já que o corpo docente resistiu as modernidades. Por isso, os educadores devem caminhar juntos com os alunos. “Os professores foram treinados e tem sua própria máquina. Há resistência, pois o aluno tem autonomia, ele experimenta, ouve música, conhece as artes, desenvolve o raciocínio”, defende a psicóloga.

As escolas brasileiras também podem receber em breve os computadores portáteis. “Estamos em contato com os governos federal e estaduais. E há interesse pelo projeto de ensino”, explicou. Quando questionada se essa tecnologia deve substituir os livros na estante, ela dispara: “Não substitui os livros. O computador é menos complexo e pode ser trabalhado em rede. Mas não toma o lugar dos livros”.


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