11/03/2016 09h42

Ao menos quinze pessoas morrem após chuvas na Grande São Paulo

9 em Francisco Morato, 4 em Mairiporã, 1 em Guarulhos e 1 em Cajamar.

Oito pessoas estão desaparecidas em Mairiporã; aeroporto ficou fechado.

O Corpo de Bombeiros registrou 15 mortes em deslizamentos após chuva forte atingir a Grande São Paulo entre a noite desta quinta (10) e madrugada desta sexta-feira (11). A chuva também interditou o Aeroporto Internacional de Guarulhos, por seis horas, alagou estações da CPTM e fez os rios Pinheiros e Tietê transbordarem. Houve ainda quedas de barreira em rodovias.

Segundo o capitão Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros, nove pessoas morreram em um deslizamento em Francisco Morato, quatro em Mairiporã, uma por afogamento em Guarulhos e outra em Cajamar. Em Francisco Morato, segundo o Bom Dia São Paulo, há quatro pontos de deslizamento. Carros e casas também estão embaixo d'água.

Segundo o capitão Palumbo, há oito pessoas desaparecidas em Mairiporã, onde ao menos duas casas desabaram na noite desta quinta-feira (10). Outras seis pessoas foram resgatadas com vida, mas três não resistiram aos ferimentos.

Entre os mortos, está uma criança de 4 anos, que morreu depois de ser resgatada do soterramento. "Quando fomos socorrer uma mulher, quase fomos levados juntos", disse Jessé da Silva Nunes, vizinho da casa que desabou.

Os desabamentos ocorreram na Rua Primavera, Bairro de Jardim Neri. O local é de difícil acesso e a escuridão dificulta o trabalho de cinco equipes de bombeiros enviados para o resgate.

Agentes da Defesa Civil iniciaram durante a madrugada vistoria das casas vizinhas para saber quais imóveis precisam ser interditados. Parte das famílias já deixou as casas, mas muitos não querem sair. A Prefeitura disponibilizou a quadra poliesportiva para os desabrigados.

Franco da Rocha, também na Grande São Paulo, é uma das cidades mais atingidas. Imagens do Bom Dia São Paulo mostraram o centro da cidade completamente embaixo d'água. Carros e prédios estão submersos. Em Caieiras, vizinha de Franco da Rocha, a estação de trem também está completamente alagada e os trens não transitam. O prefeito da cidade, Roberto Hamamoto (DEM), afirmou à Globonews que há ao menos 42 desabrigados em abrigos da prefeitura. De acordo com ele, moradores seguem sendo retirados de áreas de risco. Moradores da cidade de Itapevi também estão ilhados por causa dos alagamentos. Imagens do Bom Dia Brasil mostraram o Corpo de Bombeiros resgatando uma família do telhado de uma casa em Itapevi e um homem nadando na correnteza.

No Jardim Ângela, na Zona Sul da capital paulista, também houve desabamento e quatro pessoas foram socorridas.

O Ceagesp, na Zona Oeste da capital, também alagou. O entreposto informou que a situação foi normalizada. Antes das 9h, as entradas pelo Portão 3 (Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946), 13 e 14 (Av. das Nações Unidas) foram reabertas ao acesso dos veículos. O Pavilhão das Melancias ainda está interditado. Os produtos atingidos no alagamento estão condenados e estão sendo descartados.

A previsão é de mais chuva para esta sexta-feira.


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