08/03/2021 07h53
Assessoras da CNBB falam sobre presença feminina no âmbito do trabalho nas comissões e estruturas sociais
Nesta linha do tempo é oportuno recordar que, desde a época do Papa Pio XII, os pontífices já destacavam a crescente presença das mulheres, principalmente no mundo do trabalho, e não faltaram referências a esse respeito em seus magistérios.
CNBB
O cardeal Stanislaw Rylko, quando de sua atuação no Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, afirmou no livro "Mulheres e Trabalho" que, ao longo dos séculos houve mulheres importantes que escreveram significativas páginas da história ,– e que a própria história da Igreja contém entre suas páginas as mais expressivas e belas figuras femininas – mas, no último século, a presença e a ação pública das mulheres se tornaram uma característica da cultura do presente.
Nesta linha do tempo é oportuno recordar que, desde a época do Papa Pio XII, os pontífices já destacavam a crescente presença das mulheres, principalmente no mundo do trabalho, e não faltaram referências a esse respeito em seus magistérios.
"Se quisermos um futuro melhor, se sonharmos com um futuro de paz, precisamos dar espaço às mulheres". Essa, por exemplo, foi uma das falas do Papa Francisco durante o encontro com a delegação do Comitê Judaico Americano, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 08 de março de 2019. O discurso do pontífice vai de encontro com uma característica dos tempos atuais– o reconhecimento do papel que a mulher desempenha na vida pública e no mundo do trabalho.
Em sua primeira Exortação Apostólica "Evangelii Gaudium", o Papa Francisco já afirmava que "a Igreja reconhece a indispensável contribuição da mulher na sociedade, com uma sensibilidade, uma intuição e certas capacidades peculiares, que habitualmente são mais próprias das mulheres que dos homens".
Além dele, São João Paulo II, em Carta às Mulheres (1995), já argumentava que é necessário conseguir onde quer que seja a igualdade efetiva dos direitos da pessoa e, portanto, idêntica retribuição salarial por categoria de trabalho, tutela da mãe-trabalhadora, justa promoção na carreira, igualdade entre cônjuges no direito de família e o reconhecimento de tudo quanto está ligado aos direitos e aos deveres do cidadão num regime democrático.
"Obrigado a ti, mulher, pelo simples fato de seres mulher! Com a percepção que é própria da tua feminilidade, enriqueces a compreensão do mundo e contribuis para a verdade plena das relações humanas" (São João Paulo II).
E por falar em contribuição, nesta semana que antecede o Dia Internacional da Mulher, comemorado no próximo 8 de março, o Portal da CNBB recolheu testemunhos da visão de algumas das mulheres (assessoras das Comissões da entidade) sobre a importância de se garantir a presença feminina no âmbito do trabalho e nos vários lugares onde se tomam decisões importantes, como na Igreja e nas estruturas sociais.
Vale lembrar que, nesta atual gestão da CNBB, há uma maior participação da presença de mulheres na liderança das Comissões da CNBB. Ao todo, 5 mulheres prestam assessoria nacional. São elas: irmã Valéria Leal, assessora da Comissão para a Juventude; a irmã Sandra Regina Amado, da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial; a irmã Maria Irene Lopes dos Santos, da Comissão Especial para a Amazônia; a Manuela Castro, da Comissão para a Comunicação e Assessoria de Imprensa; e a irmã Izabel Patuzzo, da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética.