15/09/2016 08h53

Bumlai é condenado a 9 anos de prisão pela Lava Jato

Pecuarista está preso no Paraná e é alvo da 21ª fase da operação. Outros sete réus em um processo da 21ª fase também foram condenados.
Pecuarista José Carlos Bumlai está preso no Paraná e é alvo da 21ª fase da Lava Jato (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo) Pecuarista José Carlos Bumlai está preso no Paraná e é alvo da 21ª fase da Lava Jato (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
G1

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, condenou o pecuarista José Carlos Bumlai a 9 anos e 10 meses de prisão em um processo da 21ª fase por crimes como gestão fraudulenta e corrupção passiva.

Na mesma sentença, publicada na manhã desta quinta-feira (15), o juiz também condenou o empresário Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Vaccari Neto, e outros quatro réus do processo.

Bumlai foi condenado pela participação, obtenção e quitação fraudulenta do empréstimo no Banco Schahin de R$ 12 milhões, em 2004, e pela participação, solicitação e obtenção de vantagem indevida no contrato entre a Petrobras e o Grupo Schahin para a operação do Navio-Sonda Vitória 10.000.

No dia 6 de setembro, o pecuarista voltou para a prisão no Paraná. Ele está detido no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O pecuarista é amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e passa por um tratamento contra um câncer na bexiga.

A advogada Daniela Meggiolaro, que representa José Carlos Bumlai, afirmou que a sentença é "de manifesta injustiça". Ela disse ainda que a defesa vai recorrer e que confia que a decisão será reformada no Tribunal Regional Federal em segunda instância.

O G1 tenta contato com a defesa dos demais condenados.

Confira quem são os condenados, os crimes e as penas aplicadas

  • José Carlos Bumlai (pecuarista) - gestão fraudulenta e corrupção passiva, 9 anos e 10 meses

  • Eduardo Costa Vaz Musa (ex-gerente da Petrobras) - corrupção passiva, 6 anos

  • Fernando Falcão Soares (empresário) - corrupção passiva, 6 anos de reclusão

  • Fernando Schahin (ex-executivo do grupo Schahin) - corrupção ativa, 5 anos e quatro meses

  • João Vaccari Neto ( ex-tesoureiro do PT) - corrupção passiva, 6 anos e 8 meses

  • Milton Taufic Schahin (executivo do Grupo Schahin) - gestão fraudulenta e corrupção ativa, 9 anos e 10 meses de reclusão

  • Salim Taufic Schahin ( executivo do Grupo Schahin) - gestão fraudulenta e corrupção ativa, 9 anos e 10 meses

  • Nestor Cuñat Cerveró ( ex-diretor da área Internacional da Petrobras) - corrupção passiva, 6 anos e oito meses


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