23/08/2019 08h45

Celebra-se pela primeira vez o Dia em Homenagem às Vítimas de Violência Religiosa

A Fundação Pontifícia explica que o movimento pela instituição desta data em homens às vítimas de violência religiosa começou após uma conferência internacional realizada pela ACN, em Roma, em setembro de 2017.
Acidigital

Nesta quinta-feira, 22 de agosto, é celebrado pela primeira vez o Dia Internacional em Homenagem às Vítimas de Atos de Violência Baseados na Religião ou Crença, o qual foi instituído na Assembleia Geral das Nações Unidas, que ocorreu em maio deste ano.

Este "dia em homenagem às vítimas da violência religiosa é um passo importante para garantir que mais atenção seja dada aos cristãos perseguidos no futuro", disse Dr. Thomas Heine-Geldern, presidente executivo da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), a qual desenvolve diversos projetos pelo mundo um prol de cristãos perseguidos e que recebeu com "satisfação e comprometimento" a comemoração desta data.

"Como uma organização que se dedica a ajudar cristãos em sofrimento há mais de 70 anos, a ACN está muito entusiasmada com o anúncio da data pelas Nações Unidas. Um alerta atrasado há muito tempo", assinalou Heine-Geldern.

A Fundação Pontifícia explica que o movimento pela instituição desta data em homens às vítimas de violência religiosa começou após uma conferência internacional realizada pela ACN, em Roma, em setembro de 2017, que apresentava a reconstrução de aldeias cristãs no Iraque, destruídas pelo Estado Islâmico.

Naquela ocasião, a advogada, autora e coautora de vários livros e artigos sobre liberdade religiosa, Ewelina Ochab, propôs chamar a atenção global para as violações da liberdade religiosa e apelar à comunidade internacional para que fizesse algo reprimindo tais atos. Desde então, ela falou em muitas conferências e conseguiu construir uma rede de apoiadores.

O projeto da resolução foi finalmente apresentado à Assembleia Geral das Nações Unidas pela Polônia. A proposta foi apoiada pelos Estados Unidos, Canadá, Brasil, Egito, Iraque, Jordânia, Nigéria e Paquistão.

Segundo Ochab, "foi um processo longo e envolveu muitas pessoas, mas a ACN foi a grande inspiração".


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