07/05/2021 07h45
Com falta de médicos, saúde em Dourados pode entrar em colapso em poucos dias
Entre segunda-feira e hoje, oito médicos pediram demissão de suas funções no município, prejudicando ainda mais a situação caótica que tem ocorrido nas unidades de Saúde, principalmente no Hospital da Vida e na UPA.
Douradosagora
Preocupada com a ausência de médicos na rede pública, como ocorreu no final de semana na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), a vereadora Liandra da Saúde (PTB) afirma que a Saúde em Dourados pode colapsar em poucos dias, caso não ocorra a prorrogação do contrato de trabalho e a contratação de novos profissionais para atender os 33 municípios que compõe a macrorregião de Dourados.
Entre segunda-feira e hoje, oito médicos pediram demissão de suas funções no município, prejudicando ainda mais a situação caótica que tem ocorrido nas unidades de Saúde, principalmente no Hospital da Vida e na UPA.
"Hoje mesmo oficializei pedido ao prefeito Alan Guedes sugerindo a alteração da legislação municipal, a fim de autorizar excepcionalmente a prorrogação dos contratos dos médicos por 12 meses, a exemplo do que foi realizado em outros estados, como São Paulo e Rio Grande do Sul", afirmou Liandra.
A vereadora aponta a necessidade de soluções urgentes a fim de garantir o cumprimento das escalas de plantões nos atendimento em todas as unidades de Saúde, além de insumos e materiais de proteção individual (EPIs) necessários aos profissionais de Saúde.
Para isso a vereadora pretende protocolar nos próximos dias na Câmara de Dourados, ofício solicitando uma audiência pública envolvendo representantes da classe política que representa Dourados, autoridades na área da Saúde e segmentos da sociedade, a fim de que propostas sejam apresentadas e encaminhadas a administração municipal e assim contribuir com a solução da crise na Saúde que vem se prolongando durante várias gestões.
- Caos
Não é de hoje que a saúde de Dourados é caótica, mas se agravou nas últimas semanas com demissão em massa de médicos. O problema seria em decorrência no atraso de pagamento de salários e da falta de estrutura de trabalho.
A UPA e o Hospital da Vida são administrados pela Fundação de Serviços da Saúde (Funsaud), autarquia subordinada à prefeitura e que possui dívidas superiores a R$ 50 milhões.
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