19/01/2016 07h42
Com muita pesquisa, movimento nas papelarias deve ser maior na próxima semana
A expectativa este ano é vender 5% a mais do que no ano passado
Dourados News
O período de movimentação mais intensa nas papelarias já começou em Dourados, no entanto, ainda é possível fazer as compras sem “sufoco”. De acordo com empresários do ramo, a “correria” mesmo deve ser a partir da próxima semana, aquela que antecede o período de início do ano letivo na maioria das escolas.
Segundo o empresário Otávio Benites Gonçalves, que tem uma papelaria na avenida Marcelino Pires, a movimentação essa semana “poderia estar melhor”, porém está perto do que estava no mesmo período do ano passado. “Nossa expectativa está grande para a semana que vem, pois estará mais próximo do início das aulas”, lembra ele. A expectativa este ano é vender 5% a mais do que no ano passado.
Sergio Alcará, que também é empresário do ramo e possui uma papelaria na avenida Weimar Torres, lembra que este ano, em valores, está vendendo mais do que no ano passado. Porém ressalta que, assim como em outras áreas do comércio, houve aumento nos preços. Colocando esse fator na balança, considera que as vendas estão no mesmo ritmo do ano passado.
Para evitar a correria, é bom ir essa semana
Alcará lembra que todos os anos, a semana que antecede o início das aulas, a primeira do ano letivo e a segunda são as mais lotadas nas papelarias. “Quando a gente fala, o consumidor pensa que queremos garantir logo a venda, mas não é isso. Quem quer evitar a correria, tem que aproveitar essa semana, porque a partir da semana que vem aumenta o movimento e aí é ‘sufoco’”, conta ele.
O empresário ainda relata que como os produtos que estão na prateleira foram comprados nos últimos três meses, então os preços estão melhores do que o das mercadorias que estão para chegar. Conta que muitos distribuidores já anunciaram reajuste nos valores para este ano chegando de 10% até 25% em alguns produtos devido à inflação, e que se for necessária reposição de mercadorias, podem chegar com custo mais alto e um pouco disso ser repassado ao consumidor.
Gonçalves lembra que este ano o custo do material escolar aumento e que o comerciante tem que adotar estratégias para driblar isso. “Em algumas mercadorias nós absorvemos essa alta, o preço da catolina, por exemplo, é o mesmo do ano passado”, relata. Ele lembra que é uma forma de atrair os clientes, deixando o orçamento da lista de materiais mais barata.
Os consumidores estão pesquisando mais
Os pais de alunos entrevistados pelo Dourados News em papelarias da cidadem relatam que estão fazendo orçamentos em mais lugares este ano, em busca de preços mais baixos. A comerciante Nazarete Barbosa Manfré, 34, levou a lista para cotação de preços em três papelarias, antes de decidir em qual compraria. “Vou comprar tudo aqui, em uma só, mas, eu fui a mais de uma antes de decidir isso”, relatou.
Para deixar as compras num custo/benefício melhor, ela faz um equilíbrio entre qualidade e preço. Nos lápis, por exemplo, paga mais caro para levar uma marca reconhecida, já nos cadernos compra um intermediário (não é o mais caro, mas também não é o mais barato da papelaria), e assim monta sua lista. A intenção é que todo o material consiga sobreviver ao ano inteiro.
A filha de Nazarete tem seis anos de idade e estuda numa escola particular de Dourados, que este ano mandou uma lista mais “enxuta” aos alunos. Segundo ela, isso também deve ajudar para que a compra não fique tão cara.
A dona da casa Andreia Thomaz Limeira, 35, também fez bastante pesquisa de preço antes de decidir pela compra. Mas, ela optou por uma estratégia diferente. Passou por quatro papelarias diferentes. Em cada estabelecimento ela comprou uma porção de itens que encontrou mais barato.
“Esse ano está mais apertado e estou achando os preços um pouco maiores do que no ano passado. Então tivemos que fazer uma ‘reciclagem’ lá em casa. Mochilas e estojos, por exemplo, que ainda estão em condições de uso, serão os mesmos do ano passado”, relatou ela, que comprou materiais para a filha de 11 e o filho de 10 anos de idade.
O caminhoneiro Agnaldo Cardoso Haran, 65, já adota uma estratégia diferente, aquela do “cliente fiel”. Ele só deixa de comprar num lugar se o valor estiver muito acima do que pretendia pagar, caso contrário, não muda de borracharia, posto de combustível ou papelaria.
“Eu sempre compro nessa mesma papelaria, o dono é simpático e o atendimento bom. Eu trouxe a lista aqui, as atendentes fizeram um orçamento e o preço está mais ou menos dentro do que eu estava esperando, então vou levar. Eu sou assim, se eu posso pagar, eu pego e compro, não peço nem desconto”, conta ele que tem uma filha de nove anos de idade na escola.
A pesquisa de preços é a recomendação do Procon (Programa Municipal de Defesa do Consumidor) para quem pretende economizar. Conforme pesquisa divulgada este mês pelo órgão, os preços de itens mais comuns na lista de material escolar chegam a ter variação de até 1.000% entre um estabelecimento e outro no produto mais barato encontrado em cada loja.
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