14/12/2015 10h46

Dengue avança em temporada de chuva com risco de epidemia

Agente de saúde mostra larvas do mosquito Aedes aegypti Agente de saúde mostra larvas do mosquito Aedes aegypti
Douradosagora

A dengue avança em Dourados que, por outro lado, ainda não confirma caso de Zika Vírus. De acordo com recente boletim da Vigilância Epidemiológica, entre janeiro até final da semana passada, foram notificados 2.473 casos de dengue, sendo 1.294 positivos contra 33 registrados em 2014. Entre as semanas 44 e 45, a Vigilância registrou mais 25 notificações e o número vem crescendo semana por semana. O número total de casos positivos de dengue registrado em Dourados já é quase 40 vezes maior em relação ao ano passado.

A temporada de chuva, neste fim de ano, aumentou a proliferação do mosquito que também pode veicular outras doenças, como a febre chikungunya, febre amarela urbana e malária.

Além da dengue, Dourados registra quatro notificações de chikungunya, este ano. Um caso foi “importado” de Feira de Santana na Bahia; um está sob investigação e dois foram descartados.

A preocupação com a dengue, zika e chikungunya vem mobilizando a saúde pública de Dourados para capacitar agentes de saúde e representantes de hospitais públicos e particulares.

Conforme a Saúde, o controle do mosquito depende, principalmente da participação de toda comunidade que deve eliminar criadouros do mosquito que deposita os ovos em pneus, tampinhas, latas, cacos de vidro em muros, bandejas de geladeira, privadas e caixas d´água destampadas, piscinas sem manutenção. Utensílios onde se coloca água e ração animal devem ter manutenção periódica. Além de evitar o mosquito, também previne o aparecimento de ratos e outros insetos.

O gerente de Divisão da Vigilância Epidemiológica, Devanildo de Souza Santos explicou que existem muitas denúncias de casos de dengue e que as pessoas estão confundindo com o Zika ou Febre Chikungunya. A dengue e a Chikungunya têm quase os mesmos sintomas, como febre alta (acima de 38°) e queda nas plaquetas.

No caso da Chikungunya, a diferença da dengue é que apresenta edema pelo corpo e dores nas articulações. “Grande parte das pessoas que contraem essa doença não conseguem andar e podem demorar meses para se recuperar”, explica, lembrando, que “é diferente da dengue em que a recuperação leva entre 10 a 15 dias”. Já no caso do Zika Vírus, a febre é baixa (igual ou abaixo de 38°) e não tem queda nas plaquetas. No 3° ou 4° dias aparecem manchas vermelhas na pele. A recuperação leva em torno de sete dias. O pior desta doença é que ela pode estar associada à microcefalia em bebês recém-nascidos ou Síndrome Guillain-Barré, que causa de paralisia flácida generalizada. A doença acomete os nervos periféricos.

Segundo a coordenadora do Centro de Controle de Zoonozes (CCZ), Rosana Alexandre da Silva, a prefeitura está realizando mutirões em todos os bairros com notificações e borrifação para eliminar focos e orientar os moradores. “Com esse período de chuva quase todos os dias, é grande o número de focos encontrados nos imóveis; temos que eliminar os criadouros e as larvas do mosquito para evitar uma epidemia”, alerta Rosana.


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