23/10/2019 08h35

Dom Walmor: "Sínodo está sendo e será um sinal de grande esperança para a Igreja no Brasil"

Dom Walmor reforçou uma defesa que o Papa Francisco vem fazendo sobre a superação de todas as formas de colonialismo na Amazônia.
CNBB

Na reta final do Sínodo da Pan-Amazônia, na semana em que os padres sinodais avançam para a sistematização final do documento, o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, concedeu, neste dia 22 de outubro, entrevista a jornalistas que estão atuando na cobertura do evento que se encerrará dia 27 no Vaticano. Dom Walmor informa que o Sínodo encontra-se num momento em que os grupos estão trabalhando muito, procurando corrigir, melhorar e ampliar o que está proposto, recuperando aquilo que é essencial e importante e também o que foi dito mas ainda não foi contemplado. "Vamos chegar não a um tratado ou um livro, mas a indicações muito concretas para que nós possamos, inspirados, fazer um novo caminho missionário na Amazônia e a partir da Amazônia na Igreja no Brasil", disse.

Para dom Walmor, encontrar um novo caminho é um desafio porque exige de todos uma grande abertura à ação do Espírito Santo de Deus, muito diálogo e escuta mútua. O "momento é de esperança", destaca o presidente da CNBB, para encorajar a Igreja no Brasil a se voltar para a Amazônia e a partir dela crescer em consciência missionária, num processo que envolve a todos os cristãos como batizados e enviados em missão.

O único caminho capaz de superar todas as polarizações e radicalizações, segundo dom Walmor Oliveira, é o enraizamento dos cristãos e da Igreja nos valores propostos pelo Evangelho de Jesus Cristo. "Se nós os cristãos pautarmos nossa vida a partir do horizonte do Sermão da Montanha, nós seremos ao mesmo tempo capazes de fazer discussões e de, sobretudo, nos deixar marcar pela força do Evangelho, do diálogo e do respeito", disse. Dom Walmor reforçou uma defesa que o Papa Francisco vem fazendo sobre a superação de todas as formas de colonialismo na Amazônia.

"Uma das coisas muito importantes é exatamente a necessidade, como lembrado, de superarmos todo tipo de colonialismo, todo tipo de tratamento inadequado à nossa Casa Comum, especialmente a Casa Comum que é a Amazônia por sua importância", disse. Acompanhe, abaixo, a íntegra da entrevista.


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