18/08/2020 14h32

Escola Imaculada fala sobre "Um novo jeito franciscano"

No dia dos avós, eles participaram da aula e foram homenageados. Imagem: Divulgação/EIC Dourados No dia dos avós, eles participaram da aula e foram homenageados. Imagem: Divulgação/EIC Dourados

Assessoria de Comunicação - EIC

Desde que o isolamento social passou a ser o novo normal, a escola teve que se reinventar, migrando da convivência física para a presença remota no cotidiano de sua comunidade. Quase cinco meses após a suspensão das atividades presenciais, a EIC contabiliza uma série de atividades, mudanças, novas rotinas e todo um processo de amadurecimento de famílias, alunos, professores e colaboradores para sua imersão definitiva no sistema híbrido de educação.

A escola realizou adequação da plataforma para que as aulas passassem a acontecer obedecendo os horários das turmas, garantindo, assim, o cumprimento da carga horária exigida pelo MEC e a continuidade do processo de ensino-aprendizagem. Foi necessária a adequação, tanto dos profissionais quanto das famílias, à nova realidade. O processo pandêmico no país impôs às escolas o atendimento remoto. Afinal, educação é direito constitucional. De forma imediata a EIC reorganizou a modalidade e metodologia de atendimento escolar, do presencial às aulas remotas. A facilidade em ajustar-se ao atual cenário deu-se devido a sua a infraestrutura tecnológica em rede (SCALIFRA-ZN) e local, bem como por ter uma equipe de profissionais competentes e capacitados. Nesse interim ações emergenciais foram traçadas: investimento em novos recursos didático/tecnológicos, treinamentos pontuais com a equipe de professores. Uma força tarefa foi estabelecida pela equipe gestora em vias de manter o nível de excelência educacional, aspecto conquistado nesses 65 anos de presença franciscana no município de Dourados", salienta a supervisora pedagógica, Eliane Maria Amaro.

Aos poucos, serviços de apoio como atendimento psicológico, acompanhamento dos orientadores, suporte pedagógico para alunos com necessidades especiais e até mesmo os projetos que aconteciam em sala de aula foram migrando para o sistema on line. Ou seja, hoje a escola tem seus setores funcionando de forma remota e com qualidade, o que garante, também, a segurança da saúde de colaboradores, famílias e alunos.

Ainda no início do processo de isolamento social, uma live marcou a espiritualidade da Páscoa e foi sinal de que a rotina da escola seria mantido, mesmo que de forma remota.

Para manter o tradicional acolhimento da educação franciscana, a criatividade e dedicação dos professores vem extrapolando as fronteiras de espaço. Além de todos os recursos para manter as aulas ativas, todo os níveis de ensino puderam vivenciar a festa junina, cada um na sua casa, mas com a animação que identifica o evento. Várias famílias fizeram questão de registrar o momento nas redes sociais, marcando a escola, outro hábito que se torna comum.

O tradicional chá com os avós nesse ano foi feito em forma de vídeo conferência: eles entram no ambiente de sala de aula e receberam, em tempo real, a homenagem dos netos. "Gostaria de agradecer imensamente a iniciativa, muito obrigada por proporcionarem esse momento, foi muito gostoso", registrou a vovó Nara Sgarbi.

Sinal de gratidão

Como forma de reconhecimento aos colaboradores, a direção da EIC preparou uma surpresa para eles: todos foram "convocados" para assinarem um documento e surpreendidos com a fachada da escola decorada e música temática tocando. Os colaboradores receberam da direção uma máscara 3D personalizada com a identidade visual da escola e canjica, o prato que identifica a festa.

"O caminho até a escola me fez por minutos, voltar à rotina de toda manhã comum, até um dia desse, por muitos e muitos anos. O caminho, as ruas, até o sol tem novo brilho. Para a minha surpresa, ao me aproximar da escola, vi que havia alguns carros de colegas já em fila, esperando sua vez. Aí a emoção tomou conta de vez, que mistura de sentimentos e o mais presente: a saudade. Dos amigos, dos meus pequenos, ao vivo e a cores, das famílias, das araras voando durante as aulas, do abraço. Quanta saudade da vida normal. Foi chegando minha vez e então percebi que era uma linda expressão de carinho, preparada pela escola, com todos os detalhes e com sabor de saudade da canjica. Como foi bom sentir que estamos perto, mesmo longe, quando estamos em uma só direção. Assinei o documento com o coração cheio de emoção’, registrou a professora Adriane Simon.

A professora Nizia Almeida, lembrou que o isolamento a tem deixado muito sensível e que, ao se deparar com os colegas em frente à escola, enfeitada e com o movimento dos amigos que há muito tempo não vê, não abraça, a deixou muito emocionada. "A festa junina da escola é um dos momentos mais gratificantes por ver a alegria do povo que participa, me sinto muito bem em trabalhar nela como voluntária. Quando cheguei na escola vivi tudo isso e me emociono até agora de falar. Fiquei muito feliz de ver o sorriso de cada um, mesmo de longe. Tudo isso faz a gente refletir sobre a falta que eu estava sentido de tudo isso e nem tinha percebido. Comer a canjica me fez muito bem. Foi um ato franciscano da escola para com todos nós. Ainda em emociono ao lembrar daquele movimento e do sorriso por trás das máscaras", destacou ela.


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