10/10/2022 09h10
Garantia de pauta liberal na economia e nova formação do Congresso trazem otimismo ao mercado financeiro
Perspectiva de continuidade da gestão de Jair Bolsonaro e parlamentares mais liberais são sinais positivos para a abertura econômica, dizem analistas
JovemPanNews
Após o primeiro turno das eleições de 2022, a Bolsa de Valores brasileira abriu em alta com valorização do real, crescimento do Ibovespa e de ações de empresas estatais. O resultado foi um reflexo das urnas, que mostraram que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), possuía uma margem maior do que o esperado pelas pesquisas, apesar de terminar na segunda colocação. Contudo, essa perspectiva de continuidade da gestão atual fez com o mercado financeiro acenasse positivamente, uma vez que o plano de privatizações proposto por Bolsonaro é de interesse do mercado.
Em entrevista à Jovem Pan, o economista e membro da Associação Portuguesa de Ciência Política Igor Macedo de Lucena aponta que esse movimento está ligado a um desejo por estabilidade, continuidade e também das privatizações das estatais. "O mercado financeiro se move baseado em expectativas futuras. Quando os resultados mostraram que Jair Bolsonaro tinha mais força política do que as pesquisas mostravam, o mercado entendeu como uma possibilidade de continuidade do governo e das propostas em andamento.
A quantidade de candidatos eleitos no aspecto política mais à direita, mais liberal e com inclinação para privatização de estatais, também foi um sinal positivo para a abertura econômica. O segundo turno passa uma sensação de que a governabilidade do Bolsonaro vai ser mais fácil. Projetos devem ser passados de forma mais tranquila do que com o ex-presidente Lula, que vai ter uma forte rejeição do ponto de vista ideológico.
O mercado teve a garantia de que as pautas liberais, ainda que não avancem, estão consolidadas. Independente de quem ganhe, a pauta liberal e o conservadorismo econômico vão prevalecer", pondera.
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