22/05/2017 10h13

HU-UFGD remodela Centro Cirúrgico e amplia número de procedimentos em quase 30%

São mudanças que envolvem desde ações de readequação física até a ampliação de horários de cirurgias, tudo em prol da redução da demanda por procedimentos eletivos em Dourados e macrorregião.
As cirurgias realizadas no HU-UFGD seguem as diretrizes do Protocolo de Cirurgia Segura, conjunto de ações aplicadas com a finalidade de redução do risco de eventos adversos que podem ocorrer antes, durante e depois dos procedimentos​ As cirurgias realizadas no HU-UFGD seguem as diretrizes do Protocolo de Cirurgia Segura, conjunto de ações aplicadas com a finalidade de redução do risco de eventos adversos que podem ocorrer antes, durante e depois dos procedimentos​
Douradosagora

Colocado em prática a partir do último bimestre de 2016, um grupo de medidas de reestruturação vem transformando a Unidade de Cirurgia do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD). Em pouco tempo, o setor já apresenta resultados positivos em nível acima do esperado: o número de procedimentos aumentou em 30% e o ambiente cirúrgico está mais seguro, tanto para o paciente como para o profissional.

São mudanças que envolvem desde ações de readequação física até a ampliação de horários de cirurgias, tudo em prol da redução da demanda por procedimentos eletivos em Dourados e macrorregião. Para se ter uma ideia do quão benéfico vem sendo os novos processos de trabalho, no primeiro trimestre de 2017 foram efetuadas 866 cirurgias, 27,5% a mais que no mesmo período de 2016, quando 679 procedimentos foram feitos no HU-UFGD.

À frente da Unidade de Cirurgia do hospital, a enfermeira Mônica de Souza Dantas explica que a reformulação foi necessária para dar melhor andamento às atividades do Centro Cirúrgico e total aproveitamento da estrutura do local e das aptidões dos colaboradores, resultando em celeridade à fila cirúrgica.

"É um trabalho conjunto entre vários setores do hospital e vem resultando em ótimos índices na prática, essencialmente em função da boa aceitação e do comprometimento da grande equipe que trabalha no Centro Cirúrgico", destaca a profissional.

  • Pessoal capacitado

A Unidade de Cirurgia do HU-UFGD engloba, também, o serviço de Recuperação Pós-Anestésico (RPA) e o Centro de Materiais e Esterilização (CME), que processa e esteriliza materiais não apenas para o Centro Cirúrgico, mas para todo o hospital. Ao todo, 123 pessoas atuam no local em diferentes turnos e funções.

Dessa forma, o grupo conta com 24 profissionais de Enfermagem que prestam assistência aos pacientes durante e após as cirurgias; 25 profissionais de Enfermagem para processar e esterilizar materiais; um profissional de Enfermagem que atua no serviço de pré-operatório, em conjunto com duas recepcionistas de apoio; três profissionais que realizam a higienização do setor; duas enfermeiras gestoras, sendo uma chefe de unidade e uma líder horizontal, e um profissional que realiza funções administrativas.

Completam essa grande equipe 44 médicos cirurgiões das mais diversas especialidades e 21 médicos anestesiologistas.

Para que tudo funcione como uma boa engrenagem, a equipe vem recebendo treinamento contínuo, a exemplo do grupo de profissionais de Enfermagem, que passa por capacitações frequentes sobre o Protocolo de Cirurgia Segura e a agilização do processo de higienização e de preparo das salas nos intervalos entre procedimentos. "Estamos visando o aprimoramento da qualidade da assistência ao paciente, pois não podemos apenas ampliar o atendimento, é necessário que se mantenha a qualidade", frisa Mônica.

  • Avanços estruturais e administrativos

O Centro Cirúrgico do HU-UFGD é composto por uma sala de Recuperação Pós-Anestésico e um Centro de Materiais e Esterilização. Além disso, conta com quatro salas de cirurgia, sendo três para procedimentos de média e alta complexidade e uma reservada para pequenas cirurgias, ambientes que estão em pleno funcionamento durante grande parte do dia.

Tal formatação só foi possível após a reformulação: foi realizado um estudo para o melhor aproveitamento do espaço físico, pois, anteriormente, apenas três salas cirúrgicas estavam disponíveis. Em trabalho conjunto com a Divisão de Logística e Infraestrutura Hospitalar, uma quarta sala foi reativada e teve seus equipamentos recuperados.

Também vem sendo concretizado maior alinhamento com outras unidades de suporte do HU-UFGD, como os setores de Engenharia Clínica e de Infraestrutura Física, para dar maior celeridade a manutenções de maquinário e adequações prediais, e os setores de Suprimentos e de Farmácia Hospitalar, com objetivo de evitar o desabastecimento por conta do aumento do número de cirurgias.

Do ponto de vista assistencial, o Centro Cirúrgico recebeu o reforço de um terceiro anestesiologista na escala diurna, que antes contava com dois profissionais. "Foi realizado um planejamento para ofertar mais horários de cirurgias e uma readequação na escala dos cirurgiões, gerando uma postura afirmativa por parte de todos da equipe, que trabalham no intuito de reduzir as grandes filas de espera por procedimentos", afirma o médico Ricardo do Carmo Filho, chefe da Divisão de Apoio Diagnóstico e Terapêutico, que, por sua vez, gere a Unidade de Cirurgia.

  • Pré-operatório e cirurgia segura

Com o objetivo de agilizar o processo de reavaliação, renovação de exames e agendamento de cirurgias, o HU-UFGD, com anuência da Secretaria Municipal de Saúde de Dourados, passou a gerenciar o serviço de pré-operatório nas especialidades de Otorrinolaringologia, Cirurgia Geral e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, áreas com grandes filas de espera.

Ou seja, é a equipe do hospital que faz o contato com o paciente que aguarda pelo procedimento. Dessa maneira, ele é orientado quanto à preparação para a cirurgia em todos os aspectos (exames, agendamentos, restrições, etc.) e isso reduz em muito o índice de suspensões, como no caso da Otorrinolaringologia, em que a taxa caiu para praticamente zero após a implantação do pré-operatório.

A previsão, conforme o profissional administrativo do Centro Cirúrgico, Daniel Silva Santos, é que o serviço seja ampliado a todas as especialidades cirúrgicas atendidas pelo hospital, o mais breve possível. Já nos próximos dias, passará a ser adotado com os pacientes que aguardam por Cirurgia Vascular, área que voltará a ter cirurgias eletivas ainda em maio, após dois anos sem procedimentos pela falta de instrumentos específicos, que recentemente foram adquiridos pela administração do HU-UFGD.

A implantação desse serviço, assim como de outras ações, é parte do Protocolo de Cirurgia Segura, conjunto de ações aplicadas com a finalidade de redução do risco de eventos adversos que podem ocorrer antes, durante e depois das cirurgias. Além do pré-operatório, o Centro Cirúrgico adotou o uso de formulários para a checagem de dados da cirurgia e do paciente, e de checklists para conferência dos materiais e dos instrumentos utilizados na cirurgia.


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