24/04/2020 13h14
Moro pede demissão de ministério após exoneração de chefe da PF
O estopim para a saída do ex-juiz federal que ganhou destaque ao longo das ações na Operação Lava-Jato, foi a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo.
AGÊNCIA BRASIL
Sérgio Moro não é mais ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (sem partido). Na manhã desta sexta-feira (24/4), em pronunciamento convocado pelo agora ex-titular, ele anunciou a saída da pasta que assumiu no dia 1º de janeiro do ano passado.
Esse é o segundo ministro a deixar o cargo em pouco mais de uma semana. Na quinta-feira passada Luiz Henrique Mandetta acabou demitido da Saúde após divergências com o presidente.
O estopim para a saída do ex-juiz federal que ganhou destaque ao longo das ações na Operação Lava-Jato, foi a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo.
A medida consta no Diário Oficial da União de hoje. No entender de Moro, a interferência política de Bolsonaro na decisão foi fundamental para a saída.
"Falei ao presidente que seria uma interferência política, e ele falou que seria mesmo", disse durante o pronunciamento.
O ministro afirmou ainda que só ficou sabendo da saída do ‘braço-direito’ e indicado por ele ao cargo, pelo Diário Oficial, afirmando ter sido surpreendido. "Eu não tenho problema em trocar o diretor-geral, mas eu preciso de uma causa", contou.
De acordo com o portal G1, na quinta-feira (23/4), Moro havia dito ao presidente que pediria demissão se Valeixo fosse demitido.
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