01/02/2017 10h10
MPE pede auditoria a Denasus sobre suspeita de violência obstétrica no HU
A intenção é apurar violência obstétrica na rede pública de saúde e também eventual ausência de aplicação de analgesia em parto normal.
Dourados News
Após instaurar inquéritos para investigar casos de mortes envolvendo mulheres após o parto e também de bebês, o Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul pediu auditoria ao Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus) na Maternidade do Hospital Universitário de Dourados (HU-UFGD).
A intenção é apurar violência obstétrica na rede pública de saúde e também eventual ausência de aplicação de analgesia em parto normal.
Os casos envolvendo os atendimentos prestados pelo hospital no setor da maternidade vem sendo investigados pelo MPE desde outubro de 2015 e início de 2016, quando foram registradas mortes de gestantes e bebês atendidos no HU-UFGD.
A investigação se trada de mortes perinatais (óbitos fetais a partir de 154 dias de gestação) e mortes neonatais precoces (na primeira semana de vida). Na época, o inquérito foi instaurado com base em denúncias feitas por familiares, ao Ministério Público e também ao Conselho Municipal de Saúde.
O Dourados News entrou em contato com o HU-UFGD através da assessoria buscando um posicionamento sobre o pedido do MPE de auditoria envolvendo os casos, do qual já foi instaurado o inquérito.
Em resposta, a alegação é que o HU-UFGD é um hospital público federal gerido em parceria com uma empresa pública, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), e é auditado de forma constante como já anunciado e entende que são válidas e necessárias, principalmente na atual situação de subfinanciamento em que toda a rede pública se encontra.
Consta ainda que não compreende a auditoria como um processo negativo, mas que visa trazer benefícios por demonstrar as lacunas do serviço ofertado.
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