21/03/2016 10h18

MST está no Incra e sem-teto ocupa área vizinha a residencial

Guarda Municipal está no local da ocupação que cresce em perímetro urbano de Dourados
Douradosagora

Representantes do Movimento Sem Terra Brasileiro (MSTB) ocuparam a sede do Incra em Dourados, esta manhã. Uma comissão está em negociação, a portas fechadas, com funcionários do órgão.

Segundo informou ao Jornal DouradosAgora, um do integrantes do MSTB, entre uma série de reivindicações, está maior agilidade na reforma agrária em Mato Grosso do Sul onde o grupo reivindica várias áreas.

No outro lado da cidade, entre região do Clube Indaíá e fundos do Jardim Novo Horizonte, famílias sem-teto ocuparam um área localizada na vizinhança do Residencial Morada Dourados - um condomínio fechado.

Em entrevista há pouco ao DouradosAgora, José Anísio dos Santos, que trabalha com corte de árvores, diz que a área pertence à prefeitura de Dourados. "Eu estive averiguando isso", assegura.

De acordo com Anísio, são cerca de 150 famílias que não têm mais como continuar pagando aluguel. Elas são provenientes de bairros como o Novo Horizonte, Jardim Flórida, Altos do Indaiá e vizinhança, que arcam com despesas em torno de R$ 1 mil entre aluguel, contas de água e energia elétrica.

Situação insustentável para eles, conforme enfatiza, devido à precária situação econômica que vêm enfrentando e piorou nos últimos meses.

 

A Guarda Municipal está no local, acompanhando de perto a movimentação das famílias que começaram, ontem, a erguer barracos de paus e lonas. O DouradosAgora esteve lá, acompanhando a movimentação.

Já, na região do anel viário - Perimetral Norte - indígenas montaram cabanas em área rural em frente ao Residencial Monte Carlo, onde sitiantes, ilhados, computam prejuízos diários. Grupos também ocuparam outras áreas em próximas a canaviais localizados entre a MS-156 e a Rodovia Guaicurus.

Lideranças indígenas falam em tragédia anunciada já que pessoas de outras tribos e inclusive do Paraguai foram acionados para dar apoio, se posicionam em vários pontos das áreas ocupadas e, inclusive, na Reserva Indígena de Dourados, onde as famílias temem os tiroteios, ameaças e invasão nas aldeias Bororó e Jaguapiru.

O clima é tenso e o medo toma conta da população de cerca de 15 mil indígenas, residente na Reserva de Dourados, assim como os produtores sitiados naquelas imediações.

A polícia incentiva denúncias, pelos telefones: 190 (Polícia Militar); Polícia Rodoviária Federal (191); 3411.8080 (SIG); 3425.1082 (DOF); 3410.4800 (Defron); 3410.1700 e 3420.1757 (Polícia Federal); 3411.8060 (Polícia Civil - 1º Distrito Policial); 3424.6911 e 3424.5633 (Polícia Civil, 2º Distrito Policial) e 199 (Guarda Municipal).




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