24/10/2022 07h41
Não podemos pedir aos médicos que matem seus pacientes, diz papa Francisco
Em seu discurso, o papa pediu para " dar prioridade às necessidades essenciais de seus cidadãos, muitas vezes transcurados em favor de temas da moda que têm menos a ver com suas vidas diárias".
Agência Brasil
O papa Francisco recebeu em audiência no Vaticano uma delegação de administradores públicos franceses. Francisco lhes pediu para evitar "a cultura do descarte" e promover o cuidado da vida até o seu fim natural.
Em seu discurso, o papa pediu para " dar prioridade às necessidades essenciais de seus cidadãos, muitas vezes transcurados em favor de temas da moda que têm menos a ver com suas vidas diárias".
Para o papa Francisco, "o método democrático e representativo também deve permitir a vocês de levar à atenção das mais altas autoridades as aspirações e necessidades reais da população de seu território, longe de qualquer ideologia ou pressão da mídia".
O papa assegurou que "as ideologias e a pressão da mídia arruínam a realidade: as ideologias porque a destilam e fazem perder a sua entidade e a pressão da mídia porque a levam a manipulá-la e a não ser autêntica na sua expressão".
Em seguida, destacou a importância "do acolhimento dos desfavorecidos, sobretudo os migrantes", e também do cuidado e defesa da vida até o seu fim natural.
"Em relação ao cuidado, penso em particular no cuidado que deve ser dado aos idosos os asilos e às pessoas no fim de suas vidas, que devem ser acompanhadas no desenvolvimento de cuidados paliativos".
"Os agentes de saúde, por natureza, têm a vocação de prestar cuidado e alívio, nem sempre podendo curar, mas não podemos pedir aos agentes de saúde para matar seus pacientes", disse.
"Ouso esperar que, em questões assim essenciais, o debate possa ser conduzido na verdade para acompanhar a vida ao seu fim natural. E não se deixar levar por essa cultura do descarte que existe em todos os lugares", afirmou o papa Francisco.
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