08/09/2016 09h18
Preso, prefeito afastado da Capital renuncia ao cargo
Douradosnews
Prefeito afastado de Campo Grande desde 25 de agosto do ano passado, Gilmar Olarte (Pros) renunciou ao cargo. A carta de renúncia está com o advogado Jail Azambuja, que atua na defesa de Olarte, segundo o site Campo Grande News. O documento deve ser protocolado hoje (8).
Afastado na operação Coffee Break, que denuncia compra de voto na cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), Gilmar Olarte está preso desde o último dia 15 de agosto, quando foi alvo da operação Pecúnia, ação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) que investiga lavagem de dinheiro. Sua mulher, Andreia Olarte também acabou atrás das grades.
O presidente da Câmara, vereador João Rocha (PSDB), afirmou que ainda não foi informado da carta de renúncia. "Primeiro, tem que comunicar a Casa. Depois, faz a leitura durante a sessão e dá conhecimento, deixando o cargo vazio. Temos que ver como tratar isso para ver se fica vago o cargo de prefeito afastado ou de vice-prefeito", disse ao Campo Grande News.
Em tese, com a renúncia, os processos contra Olarte voltam para o primeiro grau na Justiça estadual, o que permite mais uma instância para recursos, no caso o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
Olarte foi vereador por dois mandatos e eleito vice-prefeito na chapa de Bernal em 2012. No entanto, logo após a posse, ele rompeu com o titular da pasta e, conforme denúncia do Gaeco, passou a articular a cassação de Bernal.
Logo após a posse como prefeito, em 13 de março do ano passado, Olarte foi alvo de uma operação que cumpriu mandado de busca e apreensão em sua casa no dia 11 de abril de 2014.
Em 2015, a investigação chegou ao Tribunal de Justiça, que aceitou a denúncia por corrupção e lavagem de dinheiro. Em seguida, foi alvo das operações Coffee Break e Pecúnia.
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