Uma nova escola

Dept. Comunicação EIC

Há muito tempo a sociedade discute a necessidade de mudança na forma de ensinar. O uso de tecnologias em sala não é mais novidade e a necessidade de treinamento para o uso desses aparelhos em benefício do processo de aprendizagem já é questão fechada. A Escola Franciscana Imaculada Conceição (EIC), entretanto, depois de dotar as salas com lousas eletrônicas, está voltando-se para um outro viés da educação necessária no preparo de seus alunos para o mundo: a Escola da Inteligência. Um projeto piloto já está em andamento com três turmas (uma de cada nível da educação) e recentemente alunos e famílias foram chamados para dividir com a EIC esse novo conceito.

A proposta é do psiquiatra e pesquisador Augusto Cury, que esteve em Dourados e lançou a semente. Autor da Teoria da Inteligência Multifuncional, o especialista baseia seu programa educacional na educação das emoções.

O objetivo é implantar nas Instituições de Ensino cultura para o desenvolvimento da inteligência, da saúde emocional, da paz e das relações saudáveis. “Desenvolver habilidades como paciência, resiliência e diminuir o estresse faz parte dessa proposta que casa perfeitamente com o sentido humanizador da escola e só tem a somar dentro da formação integral que pretendemos dar ao nosso aluno”, observa a coordenadora pedagógica Eliane Maria Amaro.

Em sala, alunos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio fazem parte do projeto que a equipe chama de “degustação”. Atividades dirigidas desenvolvem a capacidades para gerenciar o estresse e a ansiedade, supera a timidez e a insegurança. Por meio da “ginástica intelectual”, os alunos potencializam a concentração, a habilidade de lidar com pessoas e a administração de conflitos por meio de exercícios de liderança, trabalho em equipe e da criatividade.

Apresentação do projeto aos pais de alunos no auditório EIC Apresentação do projeto aos pais de alunos no auditório EIC

Para desenvolver o projeto, os professores foram treinados pela equipe da Escola da Inteligência, que trabalhou o emocional do professor.

Para a professoras Carla Viviane de Mendonça, que trabalha junto à turma da Educação Infantil, esse trabalho é muito importante para essa etapa do desenvolvimento. “É a base e em pouco tempo já deu para notar a empolgação das crianças. Nosso desafio é trabalhar com as diferenças, com a diversidade”, diz. No 4º ano do Ensino Fundamental, a professora Cleusa Barros também vê empolgação. “Precisamos conhecer as emoções e saber cuidar delas para entender o outro e nós. Já é visível diferença nos alunos que estão praticando o que está sendo proposto”, testemunha ela.

A partir desse projeto piloto, a EIC deve adotar o programa em todos os níveis de ensino a partir de 2015. “Com o bom gerenciamento das emoções e relações, acontece melhoria no aprendizado, melhor entendimento intelectual, o aluno fica melhor preparado para gerenciar suas emoções e para administrar conflitos naturais de sua idade e, com isso, melhora as relações consigo, com a escola, com a família e com os amigos”, aponta como vantagem a coordenadora pedagógica. Segundo ela, a proposta visa “educar bem o intelecto, mas cuidar muito bem da emoção”.


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