25/07/2017 09h23

Semestre letivo começa com assembleia e 20 mil estudantes em casa hoje

Professores fazem assembleia para avaliar proposta do Estado

O primeiro dia do segundo semestre letivo começa hoje com greve em escolas estaduais de Mato Grosso do Sul. Em Dourados cerca de 20 mil estudantes poderão ter as aulas comprometidas, já que os mais de 2,5 mil trabalhadores em educação das mais de 20 escolas estaduais podem paralisar as atividades.

De acordo com nota do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados (Simted), hoje pela manhã a categoria se reúne em assembleia na sede do sindicato para avaliar a proposta salarial do Governo do Estado.

De acordo com o secretário do Simted, José Carlos Brumatti, a greve foi aprovada desde o dia 30 de junho porque a categoria não conseguiu avançar nas negociações.

"Desde janeiro, a categoria espera o reajuste de 7,64% da Lei do Piso dos/as Professores/as da Rede Estadual de Ensino Público. A administração não cumpriu a lei e, após longa negociação sem avanços, propôs um reajuste de apenas 2,94%", explica.

Segundo Brumat, ontem membros da Federação dos Trabalhadores em Educação (Fetems) se reuniram com representantes do Estado e o resultado dessa reunião é fator decisivo para a continuidade ou término da greve.

Conforme ele, hoje a categoria vai avaliar a contraproposta do Estado e definir os rumos da greve. Nesta quinta-feira, uma Assembleia Geral realizada pela Fetems deve avaliar a decisão dos Simteds sobre o não cumprimento da Lei do Piso do Magistério. Segundo o Sindicato a expectativa é de que pelo menos 80% das escolas façam adesão à greve.

Na rede municipal, as aulas iniciam no dia 1º de agosto. Não há previsão de greve. De acordo com Brumatti, depois da mobilização do Simted para a contratação de concursados, a Prefeitura iniciou o chamamento de 180 profissionais.

Na relação constam 65 nomes para vaga de Professor/a de Educação Infantil; 65 para cargo de Professor/a de Anos Iniciais; 4 nomes para Professor Coordenador; 10 para Professor/a de Educação Física; 13 para Professor/a de Arte; 2 nomes para Professor/a de Ciências; 1 nome para Professor/a de Educação Agropecuária; 1 nome para Professor/a de Geografia; 2 nomes para Professor/a de história, entre outros.

• Estado

Em nota, o governo do Estado informou que entende que a paralisação é um direito constitucional, mas irá avaliar a adesão à greve.